Política

Bolsonaro começa a admitir que não confia em Sérgio Moro 100%; é o começo do fim


15/06/2019

O ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, que nesta semana foi classificado como ‘criminoso’ por Gilmar Mendes, pela revista Veja e por José Simão, começa a ser abandonado por seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.

 

“Eu não sei das particularidades da vida do Moro. Eu não frequento a casa dele. Ele não frequenta a minha casa por questão até de local onde moram nossas famílias. Mas, mesmo assim, meu pai dizia para mim: Confie 100% só em mim e minha mãe”, disse Bolsonaro, em rápida entrevista na porta do Palácio do Alvorada, neste sábado, em Brasília (a mesma entrevista em que ameaçou demitir o presidente do BNDES, Joaquim Levy).


Na entrevista, Bolsonaro insinuou que Moro não é indemissível: “Todo mundo pode ser [demitido]. Muita gente se surpreendeu com a saída do general Santos Cruz (demitido da Secretaria de Governo na quinta-feira]. Isso pode acontecer. Muitas vezes, a separação de um casal você se surpreende: ‘Mas viviam tão bem!’. Mas a gente nunca sabe qual a razão daquilo. E é bom não saber. Que cada um seja feliz da sua maneira”.

 

O presidente não deu detalhes sobre o que motivou a saída do general Santos Cruz do governo.


Apesar da indicação de que começa a deixar Moro à sua própria sorte, Bolsonaro defendeu seu “legado”: “O Moro foi responsável, não por botar um ponto final, mas por buscar uma inflexão na questão da corrupção. E mais importante: [Moro] livrou o Brasil de mergulhar em uma situação semelhante a da Venezuela. Onde estaria em jogo não o nosso patrimônio, mas a nossa liberdade”.


Por Brasil 247



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