Economia & Negócios

BNDES não descarta apoio para EBX, de Eike, caso haja novos controladores


17/08/2013



Nem tudo está perdido para as empresas do grupo EBX, do ex-bilionáro Eike Batista. A troca de controle das operações poderá tornar os projetos interessantes para o mercado e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Essa foi a tônica do discurso de Luciano Coutinho, presidente da instituição, que esteve em São Paulo na manhã desta sexta-feira (16) para participar do Seminário de Competitividade: Mercado Empreendedor – Os caminhos para o financiamento, promovido pelo jornal "Brasil Econômico". Embora ressalte que não fará comentários mais precisos enquanto o processo de reestruturação das empresas de Eike estiver em curso, destaca que há a possibilidade dos ativos serem novamente avaliados pelo BNDES. “Na medida em que algumas empresas a EBX vêm sendo adquiridas por outros grupos, esses empreendimentos poderão ser apoiados com outro controlador”, diz. “É outra história.”

Coutinho foi um dos palestrantes do evento do "Brasil Econômico". Durante a apresentação, o presidente do BNDES destacou a importância das micros, pequenas e médias empresas na reorganização econômica do País. “Processos de ascensão das classes D e E não terminaram. O enriquecimento recente gerou uma maciça aspiração de melhoria de vida que, em princípio, havia ficado na esfera da casa própria, agora também está associada ao empreendedorismo”, disse. “Sem pequenas empresas não há inclusão social.

Para o presidente do BNDES, o principal obstáculo hoje está na adoção de políticas que promovam ganhos de eficiência. “A economia tem potencial para crescer mais que 4% e o grande desafio é conquistar ganhos de produtividade”, afirmou. “Temos a missão de transformar o conjunto da economia em algo mais eficiente.”

Nesse sentido, Coutinho destacou os desembolsos do BNDES que foram direcionados às micro, pequenas e médias empresas – um total R$ 32 bilhões, ou 37% de todo o capital liberado pelo banco no primeiro semestre. “Direcionamos crédito para o ciclo de reequipamento da pequena indústria, que permite melhorias nos processos”, afirmou.

Coutinho ressaltou que o BNDES é “injustamente” criticado por “só conceder empréstimos às grandes”. “Não há média ou grande empresa que não se beneficie do BNDES”, disse.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //