O jornalista e analista político Walter Santos analisou, em seu Blog no Portal WSCOM, o efeito da revitalização do Parque da Lagoa para o cenário político da cidade, para a imagem do seu maior idealizador, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), e para a cidade como um todo. De acordo com Walter Santos, hoje é um dia histórico para a cidade que ficará marcado pela reforma urbanística de um dos mais importantes símbolos da cidade mas, o maior dos efeitos, se dará no processo político em curso em que o lider do PSD disputará a reeleição.

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12 de Junho de 2016. Esta é a data que ficará marcada na história da cidade como o antes e depois da entrega da reforma urbanística entregue à sociedade de João Pessoa pelo prefeito Luciano Cartaxo com efeitos concretos na relação dos habitantes com um dos mais importantes símbolos da Capital.

A transformação do Parque Solon de Lucena simboliza a mais forte reforma produzida por um dirigente municipal desde 1924 quando o então governador Solon de Lucena transformou a “Lagoa dos Irerês” – em face da grande quantidade de marrecos – em parque público.

EFEITOS NA MOBILIDADE E DESTINAÇÃO

O novo ordenamento urbanístico da Lagoa implicará, como se sabe, em reforma no processo de escoamento natural dos veículos entre a cidade nova e o conjunto do Centro Histórico de João Pessoa transferindo para a parte externa todo o fluxo de trânsito leve ou pesado.

A natureza mais forte da nova ocupação pode ser simbolizada pelo significado de um ambiente de beleza indiscutível passando a ter destinação exclusiva ao lazer, tal qual São Paulo usufrui com o Parque Ibirapuera, Nova York com o Central Park e o bairro da Torre com a Praça São Gonçalo (na essência chama-se Praça Tiradentes).

UM POUCO DA HISTÓRIA

Simbolicamente, Luciano Cartaxo interfere de forma imponente guardadas as proporções, tal qual fizeram lá atrás Solon de Lucena transformando uma lagoa fazendo parte do sitio pertencente aos jesuítas Francisco em espaço de uso público especial.

Registre-se, ainda, a figura do então prefeito Walfredo Guedes Pereira embora a ação maior tenha sido do governador da época, que passou a ter a denominação do lugar em sua homenagem.

A POLEMICA E A OPOSIÇÃO

Desde quando começou a Obra, o prefeito assanhou a ira oposicionista sempre jogando praga e gosto ruim nos efeitos da reforma. Bem lembram os “Velhos do Restelo”, em Camões, simbolizando aquela gente que, sem a ousadia dos Navegantes que saiam para conquistar o Mundo, ficavam se amaldiçoando.

Deva-se reconhece sem nenhum problema que, sem o Governo Federal – leia-se Dilma Rousseff – a obra não teria existido. Mas, nada exclui a natureza pessoal de Luciano de ousar manter a chama acesa da decisão política para chegar à inauguração deste dia 12.

O prefeito enfrenta processo de investigação motivadora de CPI implodida por habilidade de Luciano, so que ele convive com o laudo da Caixa Econômica Federal como seu atestado de normalidade administrativa plena.

FUTURO POLITICO

A nova ordem urbanística da Lagoa servirá de símbolo para o processo eleitoral em curso a desaguar em outubro próximo.

É a obra chave da pré-candidatura do prefeito à reeleição dela saindo o resultado das urnas futuras misturadas com outras ações e obras ao longo dos 3 anos e 6 meses.

A SINFONIA DO BEM QUERER

Neste domingo, a Orquestra Sinfonica de João Pessoa se apresenta às 18 horas, na inauguração da Lagoa, sob a regência do Maestro Laércio Diniz.

O repertório varia entre clássicos da música erudita e popular como casamento entre estilos distintos mas que se completam.

A Orquestra, aliás, é um bem cultural e imaterial que chegou em boa hora de avançar caracterizando João Pessoa como a Capital da Música Clássica do Brasil.

Nenhuma outra Capital, mesmo São Paulo, dispõe de tantas Orquestras Sinfônicas quanto João Pessoa – aqui temos 5 – mostrando a distinção do talento musical deste cidade das Acácias.

ÚLTIMA

“Minha terra tem/ o cantar dos passarinhos/
A Lagoa/ os gansinhos/ com seu nado devagar…”