Política

Blog de WS explica e analisa aula de Dilma sobre Golpe e resistência no Brasil

NA UFPB


23/07/2017

A aula inaugural do Curso de Difusão do Conhecimento em Gestão Pública em João Pessoa, que contou com palestra da ex-presidente Dilma Rousseff, foi analisada e destrinchada pelo jornalista e colunista Walter Santos.

Walter destacou as ponderações da petista sobre o Golpe no Brasil e a resistência no nesse período de ruptura democrática.

Leia na íntegra:

A ex-presidenta da República, Dilma Rousseff, resolveu ganhar o mundo para explicar causas e efeitos da Grande Conspiração bancada pelo Capital e Direita para com apoio de setores da Justiça, Ministério Público Federal, PF, Congresso Nacional instalar o confirmado Golpe Parlamentar no Brasil conduzido pelo vice-presidente Michel Temer com respaldo e apoio de parte da Classe média para cima e, em especial, da Grande Mídia brasileira.

Em aula inaugural de novo curso sobre Gestão e Modos de Resistência na Universidade Federal da Paraíba, sábado, no auditório superlotado da Reitoria, Dilma ouviu jargões de apoio a ela e a Lula, da mesma forma "Fora Temer", para uma plateia de alinhamento ideológico e político, que queria ouvir sua versão sobre tudo.

CAUSAS E EFEITOS DA LINHA POLITICA

Dilma anda serena, melhor cuidada fisicamente e de si. É o que aparentou diante da Aula Inaugural, quando até abandonou o Script do texto pronto para se expressar de improviso, desta feita com retórica e narrativa compreensível, assimilável, diferentemente de muitos discursos lá atrás, quando não convencia e irritava. Desta feita convenceu.

Ela disse textualmente que a origem do Golpe – condição histórica confirmada nos últimos tempos – se deveu à articulação exposta pelo senador Romero Jucá de tirá-la a qualquer custo do Governo porque crescia seu domínio sob conhecimento acerca dos escândalos e as medidas de punição na Petrobras, da mesma forma que a Trama visava implodir a Operação Lava Jato visando proteger todos os Políticos comprovadamente envolvidos em desvios.

– As declarações do senador Jucá registradas em delações comprovam tudo que estamos afirmando – observou.

Mas, a causa maior – segundo ela – estava na conduta das Políticas do Brasil inauguradas no Governo Lula mudando o rumo das prioridades em favor dos mais humildes, da mesma forma a postura na Geopolítica Internacional do Brasil deixando de se subordinar aos Estados Unidos irritando fortemente o Capital e a Direita, responsáveis por bancar o Golpe.

A LÓGICA DESDE A ESCRAVIDÃO

A reeleitura de tudo o que foi vivido leva Dilma a crer, ter convicção de que a intolerância gerada contra ela, Lula e ao PT tem a ver com os mesmos valores desde a escravidão quando a Elite nunca aceitou ver a ascensão dos mais pobres.

E o Governo do PT – Lula e ela – permitiu que houvesse um novo redesenho para tratar o Brasil pela lógica de Pais a incentivar todas as regiões e classes, que não só aos ricos, e isto revoltou a Elite.

ALÉM DOS PROGRAMAS SOCIAIS

Dilma lembrou que os avanços nas políticas de distribuição de renda e de investimentos múltiplos nas diversas camadas e regiões, em especial o Norte e Nordeste, criando condições de inclusão social e cidadania foram fatores a criar um sentimento de ódio e intolerância contra o Governo do PT bancados pela Mídia, em especial a Rede Globo.

REALIDADE, NOVA FASE DO GOLPE E A RESISTENCIA

A ex-presidenta atestou que há em curso uma crise e enfrentamento entre os Golpistas, vide Rede Globo mais parte do MPF versus Temer e a outra parte do MPF construindo uma nova fase perigosa de ameaçar as eleições de 2018 daí defender mobilização nacional para impedir retrocessos nesse campo institucional eleitoral.

Outra luta, conforme deixou claro, será envidar esforços para garantir a elegibilidade de Lula, cuja ameaça judicial se mantém mesmo que todas as evidências confirmem a inexistência de provas contra o ex-presidente e líder em todas as pesquisas.

Ela terminou dizendo que o Golpe já destruiu o presente, mas tudo será feito para não destruir o futuro.

Dilma está viva e pronta para as novas fases da frágil Democracia brasileira.



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