Política

Blog de WS analisa eleições de Cuba neste domingo e compara com Brasil

POLÍTICA


26/11/2017



Os cubanos vão às urnas votar nas eleições municipais, neste domingo (25), um ano após a morte do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.

O jornalista e colunista político do WSCOM, Walter Santos, analisou, o cenário político de Cuba e compara com Brasil. 


Veja na íntegra:

Os dados estão à disposição de todos: neste domingo de verão, mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos (em uma população de 11,1 milhões) estão sendo convidados a escolher 12.589 vereadores de uma lista de 30.000 candidatos pré-selecionados nas assembleias dos bairros.

Pela primeira vez, desde a Revolução Cubana, as eleições na Ilha registram dois opositores ao governo comunista. São eles, o advogado e jornalista independente Hildebrand Chaviano, 65 anos, e o técnico em informática Yuniel López, 26, aparecendo na lista de candidatos de dois municípios.

Ambos, contudo, não têm a menor chance de eleição, mas, só serem aprovados, já significa dizer que superaram as barreiras do voto de Base.

PROCESSO ELEITORAL VS INFLUÊNCIA EXTERNA

Tomando por Base o Brasil e suas regras eleitorais, em Cuba o voto não é obrigatório, embora os partidários do governo produzam campanha forte na mídia com adesão muito expressiva da população cubana. Pelo sistema de escolha, inexiste a possibilidade de influência externa, da famosa Ultradireita que continua punindo Cuba com retaliações econômicas.

Por lá, não há hipótese de candidato desconhecido de cada Base, cada bairro, ser escolhido para disputar as eleições, que neste domingo representam as primárias feitas a cada dois anos e meio servindo de processo preparatório das eleições para as assembleias provinciais e a Assembleia Nacional (Parlamento), estas previstas em 2018.

COMPARANDO COM O BRASIL

Na Ilha, o candidato não precisa ser filiado a nenhum partido porque a regra básica é ele ser indicado pelos moradores do bairro onde mora, em assembleia popular.
Além do mais, os candidatos eleitos não têm salários ou qualquer adicional porque inexiste gasto financeiro na campanha, além do mais continuam trabalhando em seus locais e ganhando seus salários normalmente, apenas dispensados nos dias de reuniões.

Tal conjuntura significa representatividade real da sociedade e o risco zero de desvios de recursos, propinas ou algo comum no Brasil porque não há Capital a construir corrupção.

Tudo isto, contudo, sofrendo a grande e odienta perseguição Capitalista, sob a força da Ideologia, ignorando a importância de um processo representativo como tal.
Eis um resumo da geopolítica atual na qual a ordem é dizimar todos os ventos socialistas – no caso de Cuba, a imponência do Comunismo nas barbas do Tio Sam.


Em cumprimento à Legislação Eleitoral, o Portal WSCOM suspende temporariamente os comentários dos leitores.