Economia
Bets, LCA e LCI: Economista avalia novas propostas da Fazenda para substituir aumento do IOF
Após críticas à alta do IOF, governo apresenta novo pacote com mudanças tributárias. Economista avalia impactos nas apostas, investimentos e arrecadação.
10/06/2025

Economista Francisco Barros (Foto: Reprodução/ Instagram)
Anna Barros
O novo pacote de medidas para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi divulgado, neste domingo (8), pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad e líderes do Congresso Nacional. Entre as principais mudanças estão o aumento da tributação das apostas esportivas e jogos online – popularmente conhecidos como bets.
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Em entrevista ao Portal WSCOM, o economista Francisco de Barros afirmou que, embora a proposta inicial tenha sofrido uma série de críticas, o recuo não irá prejudicar a imagem da política econômica do país.
“E acho que o recuo foi necessário e buscar outras alternativas. Eu não acredito que venha trazer impacto na credibilidade da política econômica do governo. Acho que isso poderá ser superado”, declarou.
Embora as medidas ainda necessitem da aprovação do Legislativo, especialistas já especulam os reflexos para a economia nacional. O especialista também afirmou que há outros reajustes, não previstos no pacote anunciado, que necessitam ser iniciados.
“Eu defendo que o salário mínimo deva ter o crescimento real até para poder o Brasil caminhar para um país menos desigual, mais justo, mas assim é preciso que cobre mais de quem tem mais capacidade contributiva para que esse equilíbrio fiscal possa ocorrer”, pontuou.
Uma das medidas que estão incluídas no pacote é o fim da isenção do Imposto de Renda para Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). A previsão é que, a partir de 2026, será aplicada uma taxa de 5%.
“Naturalmente vai ter um impacto de diminuição da rentabilidade dessas letras do crédito imobiliário e na área do agronegócio”, disse.
Sobre o reajuste na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Barros afirmou que: “Toda medida dessa vai ter um impacto, mas eu acho que isso vai sendo diluído aí ao longo do tempo e não vejo maiores problemas em relação a isso não. Eu acho que as fintechs estão com muita força de competitividade no mercado e o Brasil tem muito para é um segmento que vem crescendo muito e eu acho que tem muito campo para explorar e não imagino que venha tirar a competitividade do setor”.
Do conjunto de medidas, o reajuste da tributação sobre as bets foi um dos que teve a recepção mais positiva. Para o especialista, a relevância dessa mudança é relevante devido aos danos das casas de apostas para milhares de famílias brasileiras.
“Agora, aumentar a taxação para 18% da das apostas apostas esportivas, eu acho importante, porque a gente você sabe o quanto essa essa atividade tem causado danos à população no aspecto emocional e financeiro de de problemas sérios e que eu acho que tá dentro daquela linha da das atividades judiciais à saúde que tá dentro da reforma tributária. Então, eu acho que aumentar é uma medida importante”, argumentou.
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