Saúde

Benefício concedido a funcionários pode evitar o consumo de remédios falsificado

Danos


24/03/2013

 Cresce no país o consumo de remédios falsificados ou irregulares, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Somente nos dois últimos anos, cerca de 350 toneladas de medicamentos foram apreendidos. O problema levou a instituição a criar uma campanha para alertar a população sobre os riscos que o uso de remédios falsificados ou irregulares oferece à saúde. “Mas é preciso também que outros setores participem desse movimento”, diz Pierre Schindler, diretor da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (Programa de Benefício em Medicamentos).

Schindler afirma que boa parte da população acaba usando produtos falsificados ou irregulares, em geral mais baratos, por não ter condições de pagar pelos remédios prescritos pelo especialista. “Os gastos com a saúde são uma das três maiores despesas entre as famílias brasileiras, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, no ano passado. Muita gente não consegue arcar com isso. Torna-se cada vez mais importante facilitar o acesso da população a remédios e uma das maneiras de se fazer isso é por meio do Programa de Benefício em Medicamentos”, diz o diretor da PBMA, que contabiliza hoje um pouco mais de dois milhões de beneficiários no Brasil.

Pelo PBM, as empresas oferecem aos seus funcionários subsídio para a compra de medicamentos que podem chegar a até 100% do valor de venda (embora a média praticada por aqui seja de 50%). Segundo a PBMA, em 80% das empresas que já oferecem este benefício para os seus empregados no Brasil, o subsídio é descontado na folha de pagamento. “Mas há outras formas de gerir esse benefício. Cada empresa pode optar pela que for mais conveniente”, explica Schindler. Unilever, Nestlé, Petrobras, IBM e Oi são alguns exemplos de empresas que já aderiram ao PBM.

“Com essa facilidade, que pode ser estendida também aos familiares, as pessoas melhoram suas condições e não se arriscam mais consumindo medicamentos de procedência suspeita”, completa Schindler. A PBMA acredita que, com a popularização do benefício por aqui (nos EUA, mais de 200 milhões de pessoas já são beneficiadas), cresça o número de empresas interessadas em subsidiar medicamentos para os seus funcionários. A expectativa é a de que até 2017 o Brasil tenha cerca de 20 milhões de beneficiários. “As empresas estão entendendo que é, inclusive, um benefício para a própria empresa”, conclui o diretor da PBMA.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //