Política
Base de Bolsonaro vota contra projeto de lei que transforma pedofilia em crime hediondo
No projeto, que tem como relator o deputado Charlles Evangelista (PP-MG), a pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, e o crime será insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança
19/10/2022
Aliados do governo de Jair Bolsonaro (PL) impediram nesta quarta-feira (19), por 224 a 135 votos, a análise do projeto de lei (PL 1771/2015), que inclui a pedofilia entre os crimes hediondos. No projeto, que tem como relator o deputado Charlles Evangelista (PP-MG), a pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, e o crime será insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança.
De acordo com a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), “Bolsonaro está com indícios, sim, de pedofilia na sua prática”. “Nós precisamos dizer isso em alto e bom tom!”, disse. “Uma situação que barbarizou, que chocou o Brasil”.
A tentativa de votar a proposta aconteceu após Bolsonaro afirmar na última sexta-feira (14) que “pintou um clima” com adolescentes quando ele fez um passeio de moto na comunidade de São Sebastião, nos arredores de Brasília, e conheceu alguns jovens.
A parlamentar do PT-CE afirmou ser um absurdo que nós fechemos os ouvidos e os olhos para aquele tipo de comportamento do Presidente da República”. “Situação triste, chocante, de um presidente da República se dirigir a meninas que estão aqui inclusive refugiadas e tratá-las como se elas estivessem diante da exploração sexual de crianças e adolescentes”.
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