Não foi uma corrida tão emocionante quanto o GP do Bahrein, apontado como uma das melhores provas dos últimos anos da Fórmula 1. Mas o GP da China deste fim de semana teve seus atrativos. Quem madrugou no Brasil foi brindado com mais uma atuação de gala de Lewis Hamilton – vencedor com sobras no Circuito Internacional de Xangai -, provavelmente se irritou com o erro grosseiro da Williams – que inverteu os pneus traseiros no pit stop de Felipe Massa -, e deve ter rido da surpresa do britânico da Mercedes ao ver a bandeira quadriculada na penúltima volta. O fim de semana também teve um constrangido Sebastian Vettel relutante em ceder a posição ao companheiro de RBR, Daniel Ricciardo, e irado por ter sido superado pelo retardatário Kamui Kobayashi. Também teve primeiro pódio de Fernando Alonso no ano e “patolada” do espanhol em cinegrafista. E não podemos esquecer dos micos de Pastor Maldonado nos treinos de sexta-feira!

Lewis Hamilton foi, mais uma vez, “o cara” da corrida. Com outra atuação impecável, o piloto da Mercedes não teve sua vitória ameaçada em nenhum momento. Liderou todas as 56 voltas, vencendo de ponta a ponta. Foi o terceiro triunfo seguido do britânico no ano, o 25º na carreira. Com isso, Hamilton ultrapassou a lenda Juan Manuel Fangio e se igualou a outros dois gigantes, Jim Clark e Niki Lauda, como o oitavo piloto com mais vitórias na Fórmula 1.
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Bandeirada precoce

Mal sabia Hamilton que poderia ter comemorado a vitória antes. Quando cruzou a reta para fechar a última volta, o britânico teve a impressão de ter visto a bandeira quadriculada. Não era “miragem”, era realidade. Um fiscal de prova apressadinho deu a bandeirada com uma volta de antecedência. Por causa da lambança, as duas últimas voltas tiveram que ser desconsideradas. De acordo com o artigo 43.2 do regulamento desportivo, "se por qualquer razão for dado o sinal de fim de prova antes que o líder tenha completado o número programado de voltas ou o tempo limite previsto, a corrida será considerada terminada na ocasião em que o líder cruzou a linha de chegada pela última vez antes da sinalização".

Com isso, para determinar o resultado final, foi levada em consideração a classificação após a 54ª volta. Por sorte, não houve grandes consequências: a única mudança em relação à volta 56 foi a inversão das posições de Kamui Kobayashi e Jules Bianchi, que haviam completado em 17º e 18º, respectivamente. Mas por pouco, a equívoco não gerou mudanças na zona de pontuação. Daniel Ricciardo, por exemplo, quase ultrapassou Fernando Alonso na volta 56. Caso ele tivesse conseguido, teria perdido o lugar no pódio em razão da correção na classificação final. Imagina se o Ricciardo perde outro pódio depois da desclassificação que sofreu no GP da Austrália!
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Ainda é cedo, Lewis…

Hamilton não é apenas “o cara” da corrida. Ele é também o destaque do campeonato até o momento. Esta foi sua terceira vitória seguida em quatro etapas. Apesar da série invicta, o campeão mundial de 2008 ainda não conseguiu assumir a liderança do Mundial de Pilotos. Seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, vencedor da prova de abertura, na Austrália, completou a prova em segundo e manteve a ponta da competição com 79 pontos, quatro a mais que o britânico. Confira a classificação completa. É, Hamilton, aquele abandono em Melbourne ainda está pesando…