Economia

Bancos públicos devem manter ritmo e crescer mais que instituições privadas em 2024

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal registraram crescimento de dois dígitos em suas carteiras de crédito


01/01/2024

Caixa Econômica Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasil 247



O mercado financeiro avalia que os bancos públicos brasileiros – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – , deverão continuar crescendo acima dos rivais privados ao longo de 2024. No ano passado, os dois bancos registraram aumentos de dois dígitos em suas carteiras de crédito.

Segundo o Estadão Conteúdo, “no período dos nove primeiros meses de 2023, a Caixa Econômica Federal viu sua carteira crescer impressionantes 11,4%, atingindo a marca de R$ 1,091 trilhão. Da mesma forma, o Banco do Brasil experimentou uma expansão de 10%, totalizando R$ 1,066 trilhão. Em contraste, o Itaú Unibanco, também com uma carteira superior a R$ 1 trilhão, apresentou um crescimento mais modesto de 5,7% no mesmo período”.

Ouvido pela reportagem, o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano, destaca que o primeiro semestre de 2024 provavelmente continuará com um forte desempenho, especialmente em linhas de crédito direcionadas, enquanto o mercado adota uma abordagem mais cautelosa. Ele aponta que o crédito imobiliário desempenhou um papel crucial no crescimento de 2023, com um aumento significativo de 14,6% até setembro.

O vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco do Brasil, diz que a expectativa é de um crescimento mais modesto, porém sustentado, ao longo de 2024. O banco deverá divulgar as expectativas de crescimento da carteira somente em fevereiro, mas tem sinalizado que pode crescer “um dígito porcentual alto ou dois dígitos baixos em relação a 2023”.

O bom desempenho das duas instituições financeiras está ligado a carteiras em mercados com garantias e baixa inadimplência, como o imobiliário e o agrícola. Enquanto isso, bancos privados têm uma presença mais marcante em linhas de financiamento ao consumo, que carregam um maior nível de risco.



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