Economia & Negócios

Banco Central mantém em 5% a expectativa para o reajuste no preço da gasolina

economia


05/12/2013



 O Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a projeção de reajuste no preço da gasolina em 5% para o acumulado de 2013 e recuo de aproximadamente 16% na tarifa residencial de eletricidade. A informação consta na última ata da reunião divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central.

Na última sexta-feira (29), a Petrobras anunciou o aumento de preços da gasolina e do diesel em 4% e 8%, respectivamente. Nessa quarta (4), a petroleira esclareceu que a aplicação dos reajustes não será automática, mas não entrou em detalhes sobre a fórmula de precificação. Segundo a estatal, os parâmetros da metodologia de preços seriam "estritamente internos à companhia".

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o reajuste do preço da gasolina anunciado deverá ter um impacto de 2% a 2,5% na bomba dos postos de combustíveis.

Gás de bujão e telefonia fixa

O Copom também manteve o aumento de 2,5% no preço do gás de bujão e redução de 1,0% na tarifa de telefonia fixa para o acumulado de 2013. A ata da reunião também confirma a elevação da taxa básica de juros, Selic, para 10% ao ano.

O comitê também prevê um ritmo de atividade doméstica mais intenso neste e no próximo ano devido à retomada de investimentos e continuidade do crescimento do consumo das famílias.

Com relação à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que foi de 0,57% em outubro, 0,02 pontos percentuais abaixo do que no mesmo período em 2012, a ata pondera que os aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade podem ter repercussões negativas sobre a inflação.

Sobre a depreciação do real frente ao dólar, que chegou a atingir a maior cotação nesta quarta (4) desde o dia 22 de agosto, o comitê avaliou como algo natural que “reflete a perspectivas de transição dos mercados financeiros internacionais na direção da normalidade”. É importante destacar que no curto prazo o aumento da moeda norte-americana provoca a subida de preços de alimentos, principalmente dos importados. Desde a última reunião do Copom em outubro, o dólar recuou ante as moedas da Coreia, México e Reino Unido; e valorizou-se em relação às moedas da Austrália, Japão, África do Sul, Brasil, Chile, Índia e Turquia.



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