Política

Azevêdo garante pagamento em dia dos salários de servidores, mas diz que Poderes terão ‘parcela’ para superar a crise

"Se não houver dinheiro para se honrar todos esses duodécimos, temos que compartilhar o problema assim, é inevitável", disse.


22/04/2020

O governador da Paraíba, João Azevêdo

Da Redação / Portal WSCOM



O governador João Azevêdo negou, nesta quarta-feira (22), que o Governo do Estado esteja trabalhando com a projeção de reduzir salários ou atrasar o pagamento dos servidores estaduais, em decorrência da recessão gerada pelo coronavírus. Segundo o gestor, apesar da diminuição da receita, o Executivo tem diminuído o custeio de medidas e logística para garantir a continuidade dos repasses dentro do mês trabalhado

“De forma nenhuma. Estamos trabalhando no contrário, reduzindo custeio. A máquina parou, a não ser segurança e saúde, estamos fazendo redução de veículos locados, combustível. Reduzindo muitas cosias para que a gente tenha recursos para manter pagamento em dia”, disse.

DUODÉCIMO

João Azevêdo comentou ainda sobre os repasses do duodécimo aos Poderes durante a crise. Após voltar atrás do anúncio de diminuição de 7%, haverá uma reunião para discutir o caso.

“Houve uma justificativa dos Poderes que já estavam com as folhas rodadas de pagamento e que geraria uma dificuldade a mais agora. Nós, decidimos que teremos uma reunião e veremos quais as medidas q precisam ser implementadas a partir do próximo mês”, revelou.

Mesmo assim, os Poderes terão que arcar com a sua parcela em meio à crise, disse João: “estamos diante de uma pandemia, uma economia mundial que vai reduzir de 8% a 10% e não se pode imaginar os Poderes da Paraíba sem dar a sua parcela de contribuição”.

“Cada Poder hoje tem que fazer essa análise, tem interesse de contribuir. Não estamos defendendo a teoria de ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’. Tem uma situação econômica que o Estado está sofrendo consequências enormes, existe uma queda na receita muito grande, com relação principalmente a ICMS. O FPE vai ser recomposto a níveis de 2019 mesmo sendo menor, mas é importante que seja recomposto, é importante entender que esse problema não é do Executivo não, é de todos os Poderes, da sociedade, se não houver dinheiro para se honrar todos esses duodécimos, temos que compartilhar o problema assim, e inevitável. É uma negociação complicada”, completou.

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