Saúde

Aspirina pode ser usada no pós-tratamento de câncer de próstata

Estudo


21/07/2014

 O retorno da doença é sempre um medo de quem já passou por algum tipo de câncer, problema evitado com a adesão rigorosa ao tratamento e retornos médicos de acordo com a recomendação. Na lista de possíveis aliados na fase de recuperação, uma solução simples vem chamando a atenção de especialistas: a aspirina aparece como coadjuvante no período pós-radioterapia de pacientes com câncer de próstata. Pesquisa feita nos Estados Unidos com seis mil homens mostrou que a ação anticoagulante do medicamento pode beneficiar quem já enfrentou a doença.

Os pacientes do Centro Estratégico de Pesquisas Urológicas do Câncer de Próstata, nos Estados Unidos, foram observados após passarem por radioterapia ou cirurgia para combater a condição. Do total, 2,2 mil (37%) receberam anticoagulantes como a aspirina para observar como a medicação agiria no corpo – a hipótese é que, ao dificultar a coagulação do sangue, a fórmula reduziria a multiplicação das células doentes.

Depois de dez anos, a mortalidade entre quem havia recebido o medicamento era menor comparada a dos pacientes que não tomaram os comprimidos de forma sistemática (o primeiro grupo teve 3% de falecimentos contra 8% do segundo). Além disso, o risco de retorno do câncer de próstata e de metástase dos ossos também foi menor quando houve consumo de aspirina.

A prevenção do câncer envolve muitos fatores e dar atenção á mudança de hábitos torna-se ainda mais importante nos casos em que há histórico familiar desse tipo de doença. No caso dos homens, vale ficar atento aos exames necessários a cada faixa etária.

Antes dos 20

Doenças graves não costumam aparecer nessa idade, mas é importante fazer um check-up regular para observar como o corpo está. O histórico familiar pode ser um fator de atenção, então vale a pena ficar de olho em pontos como obesidade, colesterol alto e hipertensão. "Como o fator genético pode ter muita influência, exames de sangue, urina e fezes ajudam a detectar sintomas antes que se tornem um problema sério", afirma o clínico geral Érico Rolvare, do Centro Médico Masculino.

Dos 20 aos 30 anos
Com a vida sexual mais intensa, vale a pena voltar a atenção para doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids e a hepatite B. Detectar o contágio cedo pode facilitar o tratamento, além de diminuir a aparição de sintomas mais graves.

Dos 30 aos 40 anos
Passando por novas mudanças, o corpo do homem se altera com a produção de hormônios. "É então que o exame para verificar os níveis de colesterol HDL no sangue passa a ser obrigatório", alerta o médico Érico Rolvare. Quem tem histórico de obesidade, hipertensão e diabetes também deve fazer testes ergométricos a cada ano.

Dos 40 aos 50 anos
Esta é a faixa etária em que a atenção ao câncer de próstata deve ficar maior. Existem três exames que ajudam a detectar a doença com precisão: o PSA (de sangue), o exame de toque e o ultrassom. "Com esses três exames, a chance do câncer não ser encontrado é praticamente nula", diz o especialista.

A partir dos 50 anos
A produção de testosterona começa a cair nessa época, o que pode levar à necessidade de uma reposição hormonal. "Testes ergométricos e medição dos níveis do hormônio no sangue são essenciais para determinar o melhor tratamento para cada paciente", diz Érico Rolvare.



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