Arthur Virgílio Neto, ex-senador pelo Amazonas e ex-ministro do Governo Fernando Henrique Cardoso, reuniu Tucanos e a imprensa neste domingo (7), em João Pessoa, em sua campanha nas prévias do PSDB para a escolha do candidato à presidência da República. Ele criticou o presidente Jair Bolsonaro, o governador João Doria e falou sobre suas propostas para o país.

Virgílio disse que enfrenta uma ‘cruzada’ dentro das prévias do PSDB, contra dois candidatos com melhor estrutura, João Doria e Eduardo Leite, mas participa da disputa em defesa da Amazônia, do Nordeste, e da união partidária. Segundo Arthur Virgílio, o PSDB vai resolver o problema da economia no país, porque já o teria feito antes: “corrigiu os problemas do Brasil lá atrás, e agora tem condições de consertar o Brasil”.

Ele disse ainda que as condições colocadas nas prévias do PSDB dariam vantagem a Doria e Leite, mas que vai manter seu nome na disputa em defesa da Amazônia e da retomada da economia através do projeto Tucano.

“Doa a quem doer, custe o que custar, eu não vou desistir da disputa”, pontuou ao comentar o interesse dos adversários João Doria e Eduardo Leite pelo seu apoio dentro das prévias. Durante as eleições internas Tucanas, houve os rumores de desistência e insistentes convites  de Eduardo Leite e de João Doria em busca do apoio de Vírgilio nas prévias tucanas

O pré-candidato criticou o presidente Jair Bolsonaro, ao qual classificou como ‘escravo’ da própria base aliada, composta por militares e o Centrão.

“Eu queria saber o que Bolsonaro é, um gatinho ou um leão? Fez uma base enorme, mas de pessoas que não o seguem… ele é quase um escravo da base que construiu, não tinha líderes capazes. Não tinha uma Cássio Cunha Lima, não tem mais uma pessoa capaz de organizar uma base, ele tem pessoas de segundo time, fazendo aquela política terrível. Militarizou o ICMBio, enfraqueceu o Ibama, não fez uma privatização. Sou a favor de fazer todas, também a Petrobras”, declarou.

Geraldo Alckmin

O Tucano questionou a possível saída de Geraldo Alckmin do PSDB. O ex-governador paulista busca um posicionamento político para 2022, ano em que almeja ser novamente candidato.

“Ele não tem nenhuma razão tão nobre que o afaste do PSDB. Eu gosto do PSDB, não sei ser de outro partido. Se o PSDB acabasse hoje e eu estivesse com mandato, entregaria o mandato hoje. Quer ser governador? Poxa, é bastante, é nobre?”, questionou.

Eleições

Arthur Virgílio defendeu que o PSDB precisa sair unido dessas prévias, vença quem vencer. O partido precisará dialogar com o Centro e caberá identificar o melhor cenário com a melhor candidatura.

Ele falou ainda sobre o tempo de tv, que em 2018 foi o maior do PSDB e o menor de Bolsonaro, que venceu as eleições.

“Um tempo razoável que dê para passar o recado. Alckmin teve o maior em 2018, enquanto o presidente teve 15 segundos e ganhou a eleição por ter uma militância digital muito forte… se desse muito tempo de televisão para ele, sairia tanta besteira… quanto menos ele falar, melhor para ele”, declarou.