Saúde

Arlinda Marques registra mais de 5, 8 mil casos de diarreia; calor favorece o au

Prevenção


13/02/2015



{arquivo}O Complexo de Pediatria Arlinda Marques, que integra a rede hospitalar do Estado, atendeu ano passado 5.844 crianças com diarreia, o que representa em média 104 casos por semana. Os dados foram fornecidos pela coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital, Thaisa Marta Pereira dos Santos Chaves.

De acordo com ela, nos meses de janeiro, fevereiro e início de março houve um aumento significativo nas notificações o que se repetiu em setembro, outubro e início de novembro. De acordo com o pediatra e diretor técnico do Hospital Arlinda Marques Fabiano Oliveira de Alexandria, o principal motivo do aumento de incidência nos meses de outubro em diante se dá pelo fato do aumento do calor (temperatura) que aumenta as chances de desidratação, “que é o principal motivo de internações e busca de consultas na emergência”, justifica o médico. Ele afirmou ainda que o aumento da incidência de enteroviroses, vírus que atacam o aparelho digestivo, sempre após estações chuvosas, deve-se ao contato maior com o solo e boca pelas crianças pequenas.

Fabiano de Alexandria, explica que a diarreia é uma doença muito comum tanto em crianças quanto em adultos, “mas claro que nas crianças existe uma repercussão e riscos bem maiores”, completou. Ela consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle. A diarreia é uma das doenças mais comuns da humanidade, perdendo em incidência apenas para as infecções respiratórias. Estima-se que anualmente a incidência seja cerca de 5 bilhões de casos ao ano no mundo.

A forma mais comum da diarreia são as agudas e é causada, geralmente, por vírus, bactéria, parasitas ou por intoxicações alimentares. “As crianças são mais susceptíveis de adoecer por estarem ainda em constituição de sua imunidade de terem maior contato com o solo e menos consciência das ações de higiene. A incidência tem diminuído muito a medida que ações de saneamento básico melhoram, assim como acesso a água potável”, explica o médico.

De acordo com Fabiano de Alexandria, na maioria das vezes a diarreia é uma doença autolimitada que quer dizer que tem tendência de cura de forma espontânea, mas os pais devem ter cuidado para que as perdas de líquidos sejam repostas e assim evitar a desidratação, que é o principal motivo de necessitar de hospitalizações.

Ele orienta que o principal cuidado é aumentar a oferta de líquidos, a princípio qualquer liquido e ficar atento aos sinais de desidratação como olhos fundos, diminuição da diurese e lágrima, assim como alteração do turgor de pele e olhos fundos.
Sempre que a criança tiver um número de perdas maior que a capacidade de recuperar através da ingestão, febre persistente, fezes com sangue ou queda do estado geral é importante consultar um médico.

“A diarreia pode ser sinal de que há algo com que você deva se preocupar. Por isso, é importante procurar um especialista para certificar-se de que não há nenhuma condição envolvida no surgimento da diarreia” alerta o pediatra.

Fabiano de Alexandria afirma que a atenção para crianças deve ser redobrada, principalmente quando ela vem acompanhada de outros sintomas, como febre e vômito, pois pode levar a um problema sério de desidratação. “ Nesses casos, busque ajuda médica se os sintomas da criança não melhorarem em pelo menos 24 horas. Verifique também se não há presença de sangue ou muco nas fezes e se a criança não demonstra cansaço e fica irritado facilmente. Deve-se procurar um especialista se os seus sintomas não desaparecerem sozinhos em dois dias e se o paciente passar a apresentar sinais de desidratação”, destacou.

Geralmente, o diagnóstico de diarreia pode ser feito em casa, por meio da observação de sintomas. No entanto, o médico poderá realizar testes laboratoriais para definir as causas da diarreia. Se também houver sinais de desidratação, seu médico poderá solicitar o perfil metabólico básico do paciente e a gravidade específica da urina.

O tempo de recuperação pode variar de acordo com o tipo de diarreia. Geralmente, diarreias agudas demoram cerca de alguns dias para passar. Já a diarreia crônica pode levar de três a quatro semanas para desaparecer.

Para o primeiro caso, o tratamento pode ser dispensado, já que a doença desaparece sozinha. No segundo, o tratamento pode ser exigido, uma vez que a diarreia pode ser sinal de algum outro problema.

Sobre o Hospital – O diretor geral do Hospital Bruno Leandro de Souza explicou que o Arlinda Marques hoje é referência no atendimento de média e alta complexidade em Pediatria na Paraíba e que o Governo do Estado não tem medido esforços para garantir uma saúde com qualidade e eficiência a população paraibana não só na área de pediatria, mas de uma forma em geral. “ É visível as ações do Governo do Estado em todas as regiões da Paraíba não só na área de saúde mas também em outros setores considerados importantes para o desenvolvimento do Estado e para o bem estar da população paraibana”, comentou o diretor.
Ele destacou que o Governo do Estado sempre tem buscado firmar parcerias com entidades e organizações com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população paraibana não só com relação à saúde, mas com a prestação de um serviço com qualidade, eficiência e humanizado como também em outras pastas da administração estadual. ‘Eu acredito que hoje o diálogo, o trabalho conjunto entre as três esferas de governo e a sociedade civil organizada é o caminho para a solução de vários problemas e isso que o governador Ricardo Coutinho vem fazendo a frente dos destinos da Paraíba’, enfatizou o secretário.
No campo da profissionalização, o Arlinda Marques também dispõe do programa de Residência Médica, uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização. Ela funciona em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. É o que prevê o decreto 80.281, de 5 de setembro de 1977, que a regulamenta. Esses programas são credenciados e reconhecidos pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).



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