A ex-pró-reitora de Graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), professora Ariane Sá, criticou nesta quarta-feira (24) a estrutura de salas de aula e da residência univesitária da instituição, relacionando o problema com o alto índice de evasão. Para a docente, que atualmente assessora a chapa do professor Lucídio Cabral, a falta de acolhimento aos estudantes pode ser resolvida com uma “injeção nova de capitais” à assistência estudantil a partir de parcerias com empresas do setor produtivo.

“Eu acho que o principal aspecto é a acolhida. Não temos acolhido bem o nosso aluno. A gente tem de ter cuidado com os professores e com aquelas pessoas que estão nos primeiros períodos letivos. Temos de pensar em políticas de acolhimento e que tragam possibilidades de ampliar esse processo. A gente precisa criar alternativas de dar uma melhor condição nessa acolhida, seja na moradia, no restaurante universitário. O caminho que aponta para as universidades é a tentativa de trazer novos parceiros que possam, juntamente com o orçamento que já temos, trazer uma injeção nova de capitais”, disse.

“Temos passado nas salas e o que a gente tem visto é o que sempre se viu: falta de ar-condicionado, gesso caindo, goteira. A residência universitária é uma lástima. Pagar 14 reais por uma refeição no restaurante universitário é muito caro. É necessária uma parceria mais próxima com alguém do setor produtivo, público ou privado, que possa usufruir dos nossos projetos e mentes brilhantes para que isso possa ser revertido para assistência estudantil. É manter o ensino público e gratuito, mas com mais qualidade. É isso que a universidade espera e o que a gente pensa para o futuro”, concluiu.

As declarações da professora Ariane Sá foram dadas durante entrevista no PodCast Eleições UFPB 2024.