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‘Aquarius’ ganha o prêmio de melhor filme em festival de Amsterdã

EM AMSTERDÃ


29/08/2016



O filme "Aquarius" (assista ao trailer acima) foi o vencedor do prêmio de melhor filme segundo o júri do World Cinema Amsterdam, festival de cinema da Holanda. A decisão foi tomada na noite deste sábado (27) e anunciada neste domingo (28).

Na página oficial do filme no Facebook, a equipe comemorou a vitória. "Grande felicidade para toda a equipe do filme e estamos ainda mais felizes com a estreia nacional se aproximando, dia 1 de setembro", diz a nota.
"Aquarius", dirigido por Kleber Mendonça Filho, é estrelado por Sonia Braga, que foi homenageada na sexta-feira (26) na noite de abertura da 44ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

Em Amsterdã, o filme "The Salesman", do diretor iraniano Asghar Farhadi, ficou com o prêmio de melhor filme segundo o público.

Roteiro e personagens
Com orçamento de aproximadamente R$ 3 milhões, “Aquarius” apresenta a história de Clara, uma jornalista aposentada interpretada por Sônia Braga. Ela mora sozinha, rodeada por uma numerosa coleção de vinis, em um edifício à beira-mar cujo nome é o título do filme. A construção é antiga e resiste ao redor de enormes e modernos prédios projetados por construtoras milionárias.

Uma empresa, na figura de Diego, papel de Humberto Carrão, a procura, interessada em comprar seu apartamento. Os demais imóveis já foram adquiridos, porque a intenção é construir um novo empreendimento, no projeto “Novo Aquarius”.
"Tem muita gente que não o vê como vilão. Isso deixa o personagem mais interessante e complexo", descreveu o ator.

Para Sônia, viver Clara foi especial. "Eu não só tinha lido o melhor roteiro de toda a minha vida, como eu estava lendo todas as palavras que eu queria ter dito. Foi muito emocionante receber esse roteiro", declarou a atriz de 66 anos.
"Especialmente com 'Aquarius', a força da Clara, de resistência, de reconhecimento dos direitos. Isso tudo é importante ver na tela. Tem o prazer de estar vendo um filme que nós fizemos, mas também é importante ver na tela essa mulher brasileira reconhecendo os seus direitos e falando o que é necessário falar no momento", completou.

A música é um elemento bastante representativo no filme. A trilha sonora selecionada vai de Queen a Reginaldo Rossi, passando por clássicas da MPB e do antigo rock nacional, nas vozes da Maria Bethânia e Roberto Carlos, na época da Jovem Guarda.

"A personagem tem uma vasta coleção de discos em casa e para mim seria muito importante que a visão de mundo dela viesse da forma como ela ouve música. Tem muita MPB que considero de altíssima qualidade no filme, mas tem Queen, que é uma banda que eu amo, principalmente a fase dos anos 70, e toca Reginaldo Rossi, que é uma coisa fantástica. Juntando tudo isso se tem uma visão de mundo", detalhou Kleber.



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