Política

Após novo incêndio no Trauma, oposição cobra CPI, mas governistas defendem gestão: “Teve responsabilidade”


13/05/2025

Da Redação / Portal WSCOM

O novo princípio de incêndio no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa reacendeu o debate na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) sobre a instalação de uma CPI. O episódio ocorreu no domingo (11), quando um curto-circuito em um ar-condicionado provocou o deslocamento de pacientes para a área externa. Nenhuma pessoa ficou ferida.

A oposição voltou a cobrar apuração rigorosa dos fatos. O deputado estadual Walber Virgolino (PL) afirmou que a Casa precisa se posicionar. “Não é a Assembleia falando do Trauma, é o Brasil todinho. Seis meses atrás, o mesmo problema, e eu volto a dizer: por conta da ausência de uma assinatura de contrato de manutenção de ar-condicionado”, declarou.

Walber defendeu a abertura de uma CPI do Trauma para investigar o caso. Segundo ele, há insatisfação na base governista. “O governo está rachado, só João Azevêdo que não enxerga. Quem menos manda no governo é ele. Aqui é constituído de vários partidos. A hora é essa. Tem muita gente insatisfeita. Eu acredito que, se a gente souber trabalhar no sigilo, a gente consegue aprovar as CPIs e as convocações que a gente quiser”, afirmou o parlamentar.

O deputado George Morais (União Brasil) também defendeu o chamamento de secretários de Estado à Assembleia para prestar esclarecimentos sobre o incêndio. A proposta, no entanto, encontra resistência entre aliados do governador João Azevêdo.

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O deputado Hervázio Bezerra (PSB) respondeu às críticas. “Pela primeira vez, eu ouvi um deputado de oposição, como o deputado Taciano Diniz, dizer que o Estado está com os cofres abarrotados de dinheiro. Isso é o reconhecimento do equilíbrio econômico-financeiro que o estado passa”, disse.

Hervázio também mencionou a condução do governo no episódio. “Houve falha. Mas houve, acima de tudo, a responsabilidade do governo, que não coloca o lixo para debaixo do tapete. Como disse o secretário Ari [Reis], não houve nenhum incidente mais grave. Temos que reconhecer a eficiência e dedicação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e maqueiros que colocaram os pacientes em segurança”, afirmou.

Segundo o governo, está em curso uma obra de modernização da parte elétrica e reforço na proteção contra incêndios no hospital, com investimento de R$ 3,2 milhões desde dezembro de 2024. No mesmo mês, outro incêndio, também causado por curto-circuito em ar-condicionado, provocou a evacuação parcial da unidade.



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