Saúde

Após acusação de médica, secretário nega subnotificação de coronavírus na Paraíba: “Destemperada”


18/03/2020

Secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros

Da Redação / Portal WSCOM



O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, negou a acusação da médica pneumologista Maria Enedina Claudino, que apontou uma suposta subnotificação de casos de coronavírus na Paraíba. A médica concedeu entrevista a uma emissora de TV paraibana, e suas declarações foram rechaçadas pelo secretário

“Tivemos ontem em um debate no CRM e esta colega esteve lá. É uma destemperada, uma despreparada para um momento como esse de saúde pública de preocupação. Está transmitindo o pânico para a população desnecessariamente”, disse.

Geraldo ressaltou que a secretaria de Saúde tem trabalhado para propiciar à população paraibana a assistência de saúde adequada no momento que precisar.

“Desde o dia 21, elaborando um plano estratégico com avaliação científica, baseado em evidências com 8 ondas, 30 leitos de enfermaria, 10 leitos de UTI. Serão disparadas 8 ondas progressivamente à medida que 50% dos leitos estiverem ocupados”, declarou.

Ele pontuou que, em caso de agravamento na situação da Paraíba, o Estado está resguardado com número suficiente de respiradores e leitos hospitalares.

“A projeção se repetir a situação da Itália, da China, nós vamos necessitar de 82 respiradores diários, temos 560. Temos que ter em mente que o aspecto de não sair o resultado imediato do exame não modifica em nada o manuseio do paciente, os cuidados. 85% deles serão cuidados em casa e apresentação sintomas leves. 15% estão com manifestações mais intensas com internação hospitalar”, pontuou.

Subnotificação

A realização de exames para casos suspeitos está sendo feita respeitando protocolo do Ministério da Saúde, disse Geraldo Medeiros. Ele salientou que não é possível a realização ‘indiscriminada’ dos exames.

“Há disponibilidade obedecendo os critérios e o protocolo do Ministério da Saúde. O que não podemos fazer é a realização indiscriminada de exames. Isso no ponto de vista da saúde pública é inócuo e ineficiente. Há um critério técnico, quando preenche esses critérios são submetidas a coleta de material e levada ao instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. Somente depois poderemos divulgar à população”, explicou.



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