Economia & Negócios

Apesar de promessas de crescimento, recessão Temer-Meirelles já compromete 2017

APESAR DE PROMESSAS


22/10/2016



A recessão na economia nacional, sob o comando do presidente Michel Temer e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já compromete o próximo ano, apesar das promessas de retomada de crescimento e de investimentos para o período.

Depois de cair 7% em 2015 e 2016, a economia brasileira pode ficar quase parada em 2017, preveem alguns analistas que esperam crescimento do PIB de cerca 0,5% no ano que vem, conforme aponta reportagem do Broadcast, serviço da Agência Estado.

Com a enxurrada de indicadores negativos nas últimas semanas – indústria, comércio, serviços, prévias do PIB – a expectativa do PIB do terceiro trimestre desabou, tornando as perspectivas de ritmo de retomada da economia bem mais distantes.

Para Carlos Kawall, economista-chefe do Banco Safra, um grande problema mora na espera da retomada do investimento, junto à suposta retomada da confiança com o governo Temer. O crescimento do saldo de crédito total – que crescia a 40% em 2008, 13% em 2013 e a 10% até meados de 2015 – em 12 meses ficou negativo em 0,6% em agosto, com queda de quase 5% para empresas e crescimento de 4% para pessoas físicas.

"Estamos numa crise em que o setor empresarial ficou com endividamento excessivo por causa da queda das receitas, e vai demorar muito tempo para que voltemos ao nível de faturamento do passado – no setor automotivo se fala até em dez anos para que se volte aos níveis de demanda prévios", comenta Kawall, segundo o Broadcast.

Portanto, o investimento, que caiu durante dois anos e meio, acumulando queda de 25%, é barrado por uma série de fatores no País para que acabe não voltando rapidamente, como a capacidade ociosa e reflexos da Lava Jato na construção.

Como se não bastasse a onda de índices negativos recentes, até um anúncio que parecia positivo há uma semana, da redução do preço do combustível pela Petrobras, divulgado com grande entusiasmo pela imprensa, se revelou o oposto nos postos de gasolina, onde os motoristas viram o aumento da gasolina, do diesel e do etanol



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