Paraíba

Andréa Bezerra avalia repercussão de Trump nos setores de Meio Ambiente

PÓS ELEIÇÃO


10/11/2016

A novidade apresentada pela eleição dos Estados Unidos elegendo o mega empresário Donald Trump como novo presidente americano tem gerado muita repercussão em muitos segmentos da sociedade no Mundo. Um deles é o vinculado à questão do meio Ambiente, tema este que leva a bióloga e mestre em Meio Ambiente, Andréa Bezerra Calvacanti, a analisar como o assunto tem sido avaliado no setor.

Eis a sintese de novo texto do Blog no WSCOM:

A Pegada Trump e o Futuro do Meio Ambiente

O assunto da semana é a eleição do novo líder norte-americano Donald Trump. A notícia caiu como uma "bomba de gás de efeito estufa"… Isso porque o futuro presidente acredita que as Mudanças Climáticas são uma lenda criada pela China com o simples intutio de boicotar os EUA.

A Pegada Ecológica é um termo usado para avaliar a pressão do consumo humano sobre os recursos naturais. Os EUA, junto com a China, precisariam de um planeta inteiro somente para eles consumirem.

Para o Meio Ambiente, não há continente, nem fronteiras, existe somente um planeta que compartilha todos os recursos e a pegada ecológica norte-americana é historicamente pesada e socialmente injusta com o resto do mundo

Na COP 21, vigésima primeira Convenção sobre as Mudanças do Clima em Paris, ano passado, os EUA e a China finalmente haviam oficializado a ratificação do acordo que estabelece metas de redução de emissão de carbono, para impedir o aumento da temperatura planetária.

A COP 22 ocorrerá neste mês em Marrocos, onde serão definidas novas metas para a redução do consumo de combustíveis fósseis, desmatamento zero e investimentos em energias renováveis. Só que Trump não demonstra intenção em cumprir o acordo. Os avanços globais firmados na Conferência da ONU correm sério risco de não saírem do papel.

Trump deixa claro que os problemas ambientais são seu último plano, que a Agência de Proteção Ambiental será cortada do seu plano de governo, que a energia éolica prejudica a paisagem e o turismo, além de querer reativar um oleoduto existente entre o Canadá e os EUA, fechado há 1 ano justamente pelo impacto ambiental que causava.

Sem querer ser catastrófica_ mas já sendo_ podemos esperar uma grande privatização do patrimônio planetário pelos interesses econômicos, perda da biodiversidade, da qualidade das águas e solos, dos direitos dos povos; além de níveis mais elevados do oceano, derretimento das geleiras e extinções já em curso.

A previsão para os próximos anos é de clima quente e tenso para as Ciências Ambientais. 



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