Paraíba

Andréa Bezerra avalia poluição das praias em João Pessoa

EM JOÃO PESSOA


09/01/2017



A colunista de meio ambiente do Portal WSCOM, Andréa Bezerra, analisou, em nova coluna nesta segunda-feira (9), a poluição das praias, em João Pessoa.

Segundo Andréa, "as residências e estabelecimentos comerciais com encanações mais antigas se utilizam das galerias pluviais, de forma clandestina e criminosa, para o escoamento do esgoto, sem prévio tratamento".

Leia o texto na íntegra 

A Poluição das Praias

Ah, o Verão! A estação mais esperada do ano trouxe, desta vez, um número recorde de praias poluídas. A Sudema (Superintendência de Administração do Meio Ambiente) registrou uma queda na qualidade das águas da costa paraibana, no mês de dezembro. Agora são dez as praias impróprias para o uso primário, dentre elas: Penha, Cabo Branco e Bessa.

O mar paraibano é cartão postal do estado, cenário de esportes naturais como o surf, windsurf, kitesurf, SUP, remo e mergulho. Atraímos gente do mundo inteiro pela peculiaridade das águas quentes, tranquilas e limpas.
Além do turismo, a poluição das praias põe em risco a saúde humana, a pesca, a diversidade biológica, em especial a dos corais dos Seixas, Picãozinho, Terezinhas, Havaizinho, Caribessa e Barretas. 

Basta alguma chuva para elevar o nível da água e as galerias pluviais escoarem água contaminada em direção ao mar. Muitas vezes, a abertura das valas para a saída da água é escavada pela própria população, outras vezes, por funcionários públicos, pasmem!.

Decerto que faz-se necessário mais estações de tratamento para remediar a quantidade de esgoto produzido, e o mar poluído aparece como um sintoma dessa insuficiência e/ou ineficiência. Estações de tratamento visam converter o esgoto em água, para diversos usos e para retorno ao meio ambiente com menor carga de matéria orgânica, causando menos impacto.

As residências e estabelecimentos comerciais com encanações mais antigas se utilizam das galerias pluviais, de forma clandestina e criminosa, para o escoamento do esgoto, sem prévio tratamento. 
Bairros nobres como o Altiplano, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra, Bessa e Intermares erguem sofisticadas estruturas verticais e espera-se que o suporte subterrâneo esteja sendo construído dentro de normas mais sustentáveis

A fiscalização mostra-se ineficaz, para tanto, a Divisão de Fiscalização da Sudema recebe denúncias através do número 8844-2191 e o Ministério Público Federal (MPF) disponibiliza um aplicativo para denúncias de crimes ambientais, que possibilita o envio de fotos, áudios e vídeos que possam configurar como provas. Fiquemos atentos!
 



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