{arquivo}Cinco americanos são baleados e torcedores do Ceará contidos com bala de borracha e spray de pimenta
Tiago Medeiros, 28 de outubro de 2013

O jogo entre América e Ceará neste sábado, valido pela 32ª rodada da série B do Brasileirão virou caso de policia. Teve droga apreendida, torcedor baleado e 22 detidos.

A primeira abordagem policial foi aos ônibus da torcida do Ceará ainda na BR 304. Depois de denúncia de um dono de restaurante dando conta que um grupo de torcedores, um deles armado, teria saído sem pagar e ainda roubado celulares de clientes.

Nas buscas os policiais não encontraram a arma, mas apreenderam certa quantidade de maconha. Segundo os militares, como a droga era pouca, ninguém assumiu a posse e o proprietário do restaurante não quis ir fazer o reconhecimento, os torcedores foram liberados.

E antes mesmo do início da partida cinco torcedores do América foram baleados do lado de fora do Nazarenão. O capitão Fábio Sandrine, comandante do destacamento PM de Goianinha, disse que os atiradores estavam em três carros e não foram identificados.

As quatro vitimas foram atingidas nos membros inferiores e não correm risco de morte.

A primeira etapa de jogo foi frustrante para as duas torcidas e no intervalo, mais confusão. Na briga entre torcidas, muitos objetos foram arremessados e a PM teve que intervir. Foram muitos tiros de borracha, spray de pimenta e 22 torcedores do Ceará detidos.

Sobrou até para o fotografo Wellington Rocha e o radialista Levi Araújo. O policial se chateou com as fotos e mandou o profissional sair dali. Com ele continuou registrando a ação, o policial o arrastou para fora do estádio.

Levi, que tentou apaziguar a situação, também foi agredido pelos PMs, mas ao fim do tumulto o coronel Reinaldo, comandante do Policiamento do Interior pediu desculpas aos dois e permitiu que o fotógrafo voltasse a beira do campo para continuar o trabalho.

Agora caberá a Polícia Civil investigar o atentado, bem como a responsabilidade dos 22 torcedores detidos. O comandante Geral da Polícia Militar declarou está aberto para conversar com o fotografo e o radialista agredidos, bem como para formalizar a denuncia de abuso contra o policial.