Política

Aliado de Cunha, Rosso confirma candidatura à Presidência da Câmara

PRESIDÊNCIA


11/07/2016

Um dos favoritos na disputa pela presidência da Câmara, o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), confirmou nesta segunda-feira (11) que vai disputar a eleição para a vaga aberta após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar disse ter o aval da bancada do partido na Casa e o apoio da família, mas, como esperou pelas definições das regras da eleição, ainda não registrou oficialmente a sua candidatura.

"A Karina [esposa] chegou essa madrugada, deu carta branca. Com a minha bancada, conversei pessoalmente e por telefone no fim de semana, só que quero aguardar as regras claras [para registrar a candidatura]. Tenho o ok político e da família", afirmou.

Rosso é aliado próximo de Cunha e um dos parlamentares mais influentes do chamado "Centrão", bloco que reúne os partidos de centro-direita da Casa.

Mensalão do DEM

O deputado Rogério Rosso pode estar envolvido na Operação Caixa de Pandora, que desmantelou o 'mensalão do DEM'. Tratava-se de compra de apoio parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Foi o maior esquema de corrupção já registrado no Distrito Federal, por reunir, em sucessivas fraudes, diversas instâncias do Executivo e do Legislativo locais com o setor produtivo.

Francinei Arruda, responsável pela edição dos vídeos que embasam as ações da operação, disse à 7ª Vara Criminal de Brasília, no último dia 30, que o deputado Rogério Rosso, o vice-governador do DF, Renato Santana, e o secretário de Economia do governo do Distrito Federal, Arthur Bernardes, todos do PSD, aparecem em vídeos gravados por Durval Barbosa, o delator da operação que, em 2009, varreu José Roberto Arruda do poder no DF. Eles aparecem recebendo dinheiro das mãos de Durval.

No entanto, os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, pedem que a testemunha apresente provas que sustentem as novas acusações.

O deputado federal Rogério Rosso (PSD) repudiou o depoimento. “Repudio veementemente qualquer tentativa espúria, sórdida e reiterada de associar o meu nome a supostas práticas ilícitas e envolver pessoas honestas como eu, Renato e Arthur no rol de envolvidos neste processo”, afirmou, segundo o site Metropoles.

De acordo com o parlamentar, quem o conhece sabe que sempre procurou obedecer plenamente os princípios éticos, morais e constitucionais da administração pública. “Por outro lado, é evidente que se trata por óbvio de tentativa sorrateira de denegrir minha reputação num momento onde discute-se eventual sucessão na Câmara Federal. Tomaremos as medidas judiciais cabíveis que o caso exige”, completou Rosso. 



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