Futebol

Alexandre Pato faz de pênalti no fim e manda Flu para o Z-4: 1 A 0

33ª Rodada


10/11/2013

{arquivo}Era um jogo morto, chato, sem sal. Até que, aos 45 minutos do segundo tempo, aconteceu um dos momentos mais emblemáticos da rodada, talvez de todo o Brasileirão – e que pode definir muita coisa no bloco inferior do campeonato. Alexandre Pato, saído do banco, ainda vilão, sofreu pênalti. E pediu para bater. Ele, Pato, o mesmo que viveu o inferno depois de errar uma cavadinha e eliminar sua equipe da Copa do Brasil contra o Grêmio. Pois Pato cobrou. E fez. E colocou o Fluminense na zona de rebaixamento.

O resultado é desastroso para o Tricolor. Mas também não é gratuito. Mais uma vez, o Fluminense jogou muito mal. Já são inacreditáveis nove rodadas sem uma vitória sequer. O time de Vanderlei Luxemburgo é o 18º colocado, com 36 pontos. Foi ultrapassado pelo Criciúma, que venceu o Náutico, e pelo Vasco, que empatou com o Santos.

O Corinthians, com a vitória, foi a 45 pontos. Está praticamente livre dos riscos de rebaixamento. Na próxima rodada, o Timão visita o Coritiba na quarta-feira, e o Flu recebe o Náutico na quinta – tem grande chance de deixar o Z-4.

Pobreza
Pobre bola. Corinthians e Fluminense fizeram um primeiro tempo de nível técnico abaixo do comum. Foram equipes parecidas na falta de perícia, mas com propostas de jogo diferentes: o Timão tentando ser mais racional, controlando a bola, buscando jogadas coletivas, e o Tricolor acelerando a partida, investindo na velocidade. O insucesso foi de ambos, mas o time paulista esteve mais perto de marcar, apesar de o Flu ter finalizado mais – seis a cinco.

Os três zagueiros escalados por Vanderlei Luxemburgo não amenizaram as falhas defensivas da equipe. Cedinho, com dois minutos, a zaga vazou. Douglas, sozinho, perdeu chance clara ao cabecear para fora. Mais tarde, outro jogada aérea só não resultou em gol porque Diego Cavalieri fez defesa de cair o queixo. Edenílson cruzou da direita, e Gum não alcançou a bola, que morreu no peito de Renato Augusto antes de ser emendada para o gol. O arqueiro tricolor agiu no reflexo e espalmou. Já o Flu arriscou mais com chutes de longe, invariavelmente tortos. Gum, livre na área, cabeceou por cima naquela seria a melhor oportunidade tricolor se a arbitragem já não tivesse marcado impedimento.

Pato. E de pênalti
O segundo tempo foi tão duro de engolir quanto o primeiro – talvez até mais. Os erros se sucederam de lado a lado, como se as duas equipes competissem para ver quem falharia mais. A superioridade do Corinthians sobre o Fluminense em posse de bola foi exponencializada, mas com efeito prático quase nulo. Foi o Tricolor, em rara trama de sucesso, quem quase alcançou o gol. Rafael Sobis encontrou Wagner pela direita, e o meia cruzou na área para Marcelinho, mas o goleiro Walter conseguiu cortar.

Com 17 minutos, Tite mandou Alexandre Pato a campo no lugar de Renato Augusto. A ideia era deixar o time mais agudo. Aos 40 minutos, o atacante cabeceou com muito perigo. Aos 44, tudo mudou com um pênalti a favor do Corinthians. A arbitragem viu falta de Anderson em Pato e expulsou o zagueiro. O próprio pegou a bola para bater. E fez.



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