Entretenimento

Além da música, Rock in Rio teve diversidade e protestos

EDIÇÃO 2017


25/09/2017



Além de música, o público que esteve na Cidade do Rock durante o festival se deparou com novos espaços, muitos estilos, diversidade, fiscalização rigorosa, tendências, filas no transporte público e manifestações políticas na edição 2017 do Rock in Rio.

Fiscalização

Logo nas primeiras horas do evento, a Vigilância Sanitária Municipal percorreu diversos espaços gastronômicos e gerou polêmica após lacrar 850 quilos de alimentos do estande "Roberta Sudbrack – Bar de Cachorro Quente". Um vídeo mostrou vários queijos sendo jogados no lixo.

Segundo o órgão, os produtos encontrados no local pelos técnicos não possuíam registro para a comercialização dentro do município, chamado de Serviço de Inspeção Federal (SIF). Depois disso, a chefe desistiu de permanecer no Espaço Gourmet que a edição do festival lançou esse ano.

'Fora, Temer'

Manifestações políticas também aconteceram diariamente, tanto partindo do público, como dos artistas nos palcos. Na maioria das vezes, as manifestações eram contra o presidente Michel Temer. Gritos de “Fora, Temer” foram ouvidos do começo ao fim do festival. Shows dos cantores Evandro Mesquita, Elba Ramalho, Skank, entre outros artistas, contaram com manifestações da plateia.

'Soneca in Rio'
O gramado sintético da Cidade do Rock virou cama para quem queria tirar uma soneca ou descansar entre os shows. Durante os sete dias do evento, o público aproveitou os 80 mil metros quadrados de grama sintética do festival para relaxar.

Filas
As filas para os brinquedos e filas no transporte público também voltaram com tudo. Mais de 400 mil pessoas usaram o BRT, que suportou bem a ida ao festival. Na volta, público precisava ter uma dose extra de paciência, já que a multidão saía praticamente junto após o último show.

Edição 'mais gay'

A Cidade do Rock também foi palco da diversidade, tanto entre a plateia e entre os artistas. Atrações como a drag Pabllo Vittar e o cantor pernambucano Johnny Hooker atraiu uma multidão aos palcos auxiliares e causou uma verdadeira histeria entre os fãs.

“Eu acho que essa, com certeza, é a edição mais gay do Rock in Rio de todos os tempos. A gente teve a participação da Pabllo, ontem, no show da Fergie, que foi incrível, e o fenômeno que ela foi no stand. E nesse palco você tem agora o nosso show. Eu acho que é uma geração que sonhou com tempos de liberdade, de tempos de afirmação. A gente está aqui pra dar o nosso grito hoje”, chegou a afirmar Hooker em uma entrevista ao G1.

Casamentos
Mais uma vez, o Rock in Rio foi palco de casamentos. O primeiro casamento da edição de 2017 do Rock in Rio foi celebrado no fim da tarde desta sexta-feira (15), primeira noite de eventos na Cidade do Rock, celebrando a união de Maria Cecília Romera, de 29 anos, e Marina de Assis, de 25.

Palco dos games
A edição também contou com novos espaços como uma arena dedicada ao mundo dos games. O espaço Game XP proporcionou uma experiência de jogos para o público que passou pela Cidade do Rock.

O espaço ocupou a área de duas arenas olímpicas e contou com atividades como: disputa entre celebridades, auditórios para talk shows, estantes de grandes marcas e uma arena de e-Sports, onde até o ex-jogador Arthur Antunes Coimbra, o Zico, foi comentarista de uma partida de game.Cambistas

A atuação de cambistas também foi percebida no entorno do Parque Olímpico e em acessos à Cidade do Rock durante todo o festival. No penúltimo dia, o G1 flagrou a abordagem dentro do Terminal Centro Olímpico do BRT.

Na estação Jardim Oceânico, homens também andavam livremente pela plataforma enquanto as pessoas aguardavam para fazer a integração entre metrô e BRT. A todo instante os cambistas gritavam “compro e vendo ingresso” e “preço camarada hein”.

A Guarda Municipal informou que a ação de cambistas nos principais pontos de acesso ao festival foi monitorada por agentes do setor de Inteligência, que atuaram sem uniforme.

Pochetes e bandanas
Essa edição do Rock in Rio também trouxe de volta tendências de moda da década de 90, como as bandanas e as pochetes. No sábado (23), diz que a banda americana Guns N’Roses tocou no festival, muitos fãs usaram as bandanas que o vocalista Axl Rose usava no início da carreira.

As pochetes também marcaram o último dia do festival, neste domingo (24). Por estilo ou praticidade, muita gente optou pelo acessório.

Lixo no chão

Segundo a a empresa de limpeza pública da cidade, nos seis primeiros dias foram recolhidas 274,8 toneladas de resíduos na Cidade do Rock. Segundo a Comlurb, desse total, 23,2 toneladas de recicláveis foram entregues às cooperativas de catadores e 35,9 toneladas transportadas para a Estação de Transferência do Caju para serem segregados, com os orgânicos utilizados na produção de composto orgânico e os rejeitos levados para a Usina Verde, onde serão transformados em energia.

A operação contou com 120 garis, divididos em três turnos, com apoio de sopradores, caminhões coletores, basculantes, varredeiras mecânicas e carros pipas. Para que o lixo fosse descartado de forma correta pelo público, dezenas de contêineres estavam posicionados nas proximidades do Parque Olímpico e nos acessos.



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