Política

Aguinaldo disputa com 3 outros deputados Presidência da Câmara pelo Centrão

CONGRESSO NACIONAL


12/06/2016

O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, líder do PP na Câmara Federal, entrou na disputa pela presidência da Câmara Federal a partir de fevereiro do próximo ano. Ele concorre com outros três parlamentares pelo que se denominou “ novo Centrão” envolvendo diversos partidos políticos.

Aguinaldo disputa o cargo com Rogério Rosso, ex-governador tampão do Distrito Federal e líder do PSD de Gilberto Kassab, bem como Jovair Arantes (GO), líder da bancada do PTB e relator da comissão do impeachment. Outro concorrente é André Moura, que, apesar de ser do nanico PSC, aposta na influência de Cunha e na projeção como líder do governo Temer. Aliás, todos os três concorrentes têm ligação com o atual presidente afastado.

O parlamentar paraibano aposta suas fichas na articulação de bastidores, onde tem trânsito com muitos dos lideres e parlamentares da base aliada.

SIGNIFICADO – Segundo a Folha de São Paulo, vinte e sete anos após o fim da aliança homônima que deu um novo significado ao "é dando que se recebe" da oração de São Francisco de Assis, o "centrão" ressurge com força de pautar votações e rumos do governo Michel Temer, além de trabalhar para se consolidar no comando da Câmara dos Deputados.

Formado por PP, PR, PSD, PTB, PRB, SD, PTN e outras seis siglas menores, o grupo reúne 218 deputados e se consolidou sob a influência –ainda presente– do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Com poucas dissidências, é a força política mais importante da Casa e trabalha para comandá-la nos próximos anos. Mesmo após o afastamento de Cunha no dia 5 de maio pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mostrou força em três ocasiões claras.

A primeira foi ao derrotar o DEM e emplacar o "cunhista" André Moura (PSC-SE) como líder do governo, embora o governo preferisse um nome que não trouxesse na testa uma ligação tão evidente com Cunha. Depois, obrigou o hesitante presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), a abrir mão de comandar as sessões plenárias, tarefa atualmente nas mãos de Giacobo (PR-PR).
 



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