Futebol

Agredido por Felipe em 2005, volante ex-Campinense diz não ter mágoa, mas ainda

Ex-campinense


30/01/2013

"Não tenho nada para falar a ele. Acho que ele é que deveria falar", disse o volante Marcos Mendes, que sofreu a cotovelada de Felipe no jogo entre Fluminense e Campinense, pela Copa do Brasil de 2005, ao ser perguntado sobre o que diria a Felipe caso o encontrasse de novo. Embora garanta não estar magoado com o meia tricolor, o outro protagonista do episódio que interrompeu a passagem do apoiador pelas Laranjeiras deixa escapar que ainda está à espera de um pedido de desculpas.

Depois de cumprir seis meses de suspensão, Felipe fez dinheiro no Oriente Médio com o Al-Sadd e ganhou a Copa do Brasil pelo Vasco. Já Marcos Mendes seguiu destino bem mais modesto. Passou pelo Asa de Arapiraca, pelo qual voltou ao Maracanã um ano depois para encarar o Flamengo; e ainda jogou por Ceará, Salgueiro-PE, Santa Cruz e Chã Grande-PE, clube onde está desde 2011 e ajudou a ir pela primeira vez para a Primeira Divisão de Pernambuco, este ano.

Assim como Felipe, ele também está concentrado nesta quarta-feira. O Chã Grande irá enfrentar o Serra Talhada, às 20h, sem a presença de Marcos, que está lesionado (“Estou aqui só para dar uma força aos colegas”). Só que, ao invés de um hotel de luxo, como o que ficam os tricolores, ele e toda a equipe pernambucana se recolhem em um sítio no interior pernambucano.

O volante nega ter ofendido a mulher de Felipe durante o jogo de 2005, como alegou o técnico Abel Braga durante o julgamento no STJD. Mas admitiu que houve um bate-boca antes da agressão.

— Sei que me acusaram disso. Mas foi para minimizar a pena dele. Na verdade, ele me chamou de paraíba. Eu respondi dizendo que comigo ele não ia ganhar nenhuma jogada. Ele não estava bem naquele dia. Tanto que eu estava levando a melhor sobre ele.

Aos 33 anos, Marcos guarda com carinho sua passagem pelo Santa Cruz e garante ser um jogador de paz. A cotovelada de Felipe ele diz ter esquecido.

— Aquilo foi um lance de jogo. Não fiquei magoado. Às vezes um jogador fica nervoso mesmo.

Mas, apesar da bandeira branca, a desculpa continua sendo bem-vinda.



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