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Advogado da CBDA diz ser difícil manter medalhas no Mundial

Doping


21/01/2015



 O advogado da CBDA e do nadador João Gomes Júnior, Marcelo Franklin, afirmou durante o programa "Arena SporTV" que é uma missão "muito difícil" manter os resultados das equipes do Brasil nos revezamentos 4×50 medley, 4×100 medley e 4×50 medley misto obtidos no Mundial de Piscina Curta de Doha, no Catar, em dezembro. O país conquistou medalha de ouro nas três provas. O exame antidoping realizado por João Gomes Júnior, que participou das eliminatórias das provas, teve resultado analítico adverso para um diurético.

Apesar de afirmar que ainda precisa obter mais informações sobre o caso, o advogado admitiu a dificuldade de "sustentar" os resultados dos revezamentos.

– Ainda é muito cedo, pois não consegui coletar todas as informações necessárias para embasar uma defesa. O código da Wada é bem rigoroso com relação à punição de atletas. Temos uma situação um pouco diferente das anteriores. Temos uma penalização individual e outra que pode atingir uma equipe inteira. São dois trabalhos diferentes. Um é defender o atleta. E o outro, que é um trabalho muito difícil, é você sustentar o resultado da equipe. Mas só com o andamento do procedimento e levantando todas as provas é que me sentiria à vontade de fazer uma avaliação de êxito neste segundo ponto (manter as medalhas) – disse Franklin.

O advogado trabalhou também no caso de doping envolvendo os nadadores Cesar Cielo, Nicholas dos Santos, Vinícius Waked e Henrique Barbosa. Os quatro tiveram resultado positivo para furosemida, substância também presente em diuréticos, durante a disputa do Troféu Maria Lenk em maio de 2011. Na ocasião, Cielo, Santos e Barbosa receberam apenas uma advertência. E Waked foi suspenso por um ano, por ser reincidente. Mas os resultados obtidos por eles na piscina foram anulados. Se isso se repetir agora, o Brasil perderia as três medalhas de ouro e o topo no quadro de medalhas do Mundial de Piscina Curta.

O advogado disse acreditar que João Gomes Júnior não usou substâncias proibidas de forma deliberada.
– Confio na inocência do João. Acredito que se aconteceu realmente alguma coisa, aconteceu de forma involuntária. Vamos tentar demonstrar isso no painel de doping da Fina para tentar que a pena aplicada ao atleta seja a menor possível. Se possível, a absolvição. Ou uma advertência (…) Estou otimista. Acredito que possa existir uma luz no fim do túnel – afirmou o advogado da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

Se for punido com a perda das três medalhas de ouro, o Brasil cairia da primeira para a quarta colocação no quadro de medalhas do Mundial de Piscina Curta, ficando atrás de Hungria, Holanda e França. O Brasil conquistou em Doha sete ouros, uma prata e dois bronzes.



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