Oito anos após conquistar sua 13ª medalha, a atleta brasileira que mais vezes foi ao pódio paralímpico colecionou mais uma honra para sua carreira: Ádria Santos foi a responsável por acender a pira dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 nesta segunda-feira em Joinville, norte de Santa Catarina. As competições acontecem de 7 a 18 de setembro no Rio de Janeiro.

Caçula de nove irmãos (quatro deles com deficiência visual), Ádria nasceu com apenas 10% da visão até perdê-la completamente aos 18 anos. Àquela altura, já tinha participado de duas edições dos Jogos Paralímpicos e acabado de conquistar sua primeira medalha de ouro, nos 100 m rasos de Barcelona-92. Quatro anos antes, em Seul-88, estreou nos Jogos aos 14 anos e ganhou duas medalhas de prata, nos 100m e nos 400m rasos.

Ádria participou das quatro edições seguintes e foi ao pódio em todas elas. Em sua despedida, em Pequim-2008, conquistou sua única medalha de bronze, que se somou a quatro ouros e oito pratas e a confirmou não apenas como a brasileira com mais medalhas paralímpicas na história como também a recordista do país no Atletismo paralímpico. Das 109 medalhas brasileiras na modalidade, 13 foram de Ádria Santos.