Brasil & Mundo

Adarico Negromonte tem prisão revogada pela Justiça

Prisão revogada


28/11/2014

A Justiça Federal revogou nesta sexta-feira (28) a prisão temporária de Adarico Negromonte Filho, um dos 25 presos da sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A prisão temporária dele, que está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, venceria nesta sexta. Ele pode ser solto assim que o alvará de soltura expedido for apresentado à autoridade policial.

O despacho assinado pelo juiz Sergio Moro cita o pedido da defesa de Negromonte pela revogação da prisão, bem como um parecer do Ministério Público Federal (MPF) recomendando a soltura, com restrições. Assim, ele está proibido de deixar o Brasil e de mudar de endereço sem autorização da Justiça. Ele terá, ainda, de comparecer a todos os atos do processo, além de entregar o passaporte em até cinco dias.

Segundo Moro, a decisão de revogar a prisão foi baseada em informações colhidas pela investigação, que citam Negromonte como emissário de Alberto Youssef, responsável pela entrega de dinheiro. "Muito embora haja prova, em cognição sumária, de que Adarico Negromonte Filho teria participado do grupo criminoso dirigido por Alberto Youssef dedicado à lavagem de dinheiro e ao pagamento de propina a agentes públicos, forçoso reconhecer que o papel era de caratér subordinado, encarregando-se de transportar e distribuir dinheiro aos beneficiários dos pagamentos", afirmou o juiz.

Negromonte é irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA). Ele se entregou à polícia onze dias após ter a prisão decretada. Durante esse período, ele foi considerado como foragido pela polícia.

Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.

Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, continuam na cadeia.



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