Internacional

Ação na Somália termina com morte de refém francês

sem resgate


13/01/2013



 O Ministério da Defesa da França anunciou neste sábado (12) que o militar francês Denis Allex, que desde 2009 estava em poder de sequestradores na Somália, dois soldados do país e 17 "supostos terroristas" morreram durante operação realizada na noite de sexta-feira, que tinha o objetivo de libertar prisioneiro.

Segundo um comunicado do Ministério, um pelotão militar enfrentou "uma forte resistência" durante a operação. O Ministério informou que os sequestradores mataram o refém e que dois soldados morreram na tentativa de libertá-lo. O governo francês deu sinal verde à operação "devido à intransigência dos terroristas, que durante três anos e meio rejeitaram qualquer negociação, e que retinham Allex em condições desumanas".

Allex foi sequestrado em 14 de julho de 2009 e desde então tinha aparecido em duas mensagens de vídeo divulgadas por sites islamitas, nas quais pedia às autoridades francesas que deixassem de apoiar o governo somali.

Na nota, o Ministério lembra que o militar francês foi sequestrado em Mogadíscio enquanto efetuava "uma missão oficial de apoio" ao governo somali de transição. A operação aconteceu em Bula Marir, cidade que fica a 120 quilômetros ao sul da capital.

As famílias das vítimas já foram informadas, acrescenta o comunicado do governo, no qual o governo manifesta seu pesar e elogia "a coragem e o destacável trabalho" dos militares.

Sequestradores afirmam que refém está vivo

Pouco depois da ação militar, o grupo islamista divulgou nota à agência de notícias "France Presse", enviada a Nairóbi, no Quênia, informando que, mesmo após a operação, o refém francês seguia vivo, mas "que seria julgado dentro de dois dias".

Os sequestradores informaram ainda que detinham em seu poder "um soldado francês ferido" e que o governo francês havia levado "vários" companheiros mortos ou feridos nos combates.

O grupo ameaçou o governo francês, que poderá sofrer "amargas consequências" devido à operação desta sexta-feira. "No final das contas, serão os cidadãos franceses que sofrerão inevitavelmente as amargas consequências da atitude inconsequente de seu governo". A Somália vive em um estado de caos e guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre, em 1991.



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