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‘Absurdo e inaceitável’, diz Daniela Mercury sobre ataque à boate em Orlando

ATAQUE À BOATE


13/06/2016



Ativistas de campanhas contra homofobia, a cantora baiana Daniela Mercury e a esposa, Malu Verçosa, manifestaram indignação contra o ataque a boate gay de Orlando, Estados Unidos, na madrugada de domingo (12), que deixou 50 mortos e 53 feridos.

O ataque ocorreu por volta das 2h (3h no horário de Brasília), na boate Pulse. Quando a polícia chegou ao local, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas. O suspeito portava um fuzil AR-15 e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" não identificado. Ele morreu durante a troca de tiros com a polícia.

"Estamos indignadas e chocadas, extremamente tristes. Queremos nos solidarizar e dizer que estamos rezando pelas famílias das vítimas nesse massacre absurdo e inaceitável da comunidade LGBT em Orlando", disse Daniela.

Malu pediu uma reflexão sobre o respeito à diversidade sexual e de gênero, para evitar que tragédias como a de Orlando aconteçam.

"A gente queria que você que está nos assistindo refletisse sobre a importância do direito à diversidade, de não fomentar o ódio, não incentivar seu filho pequeno a fazer chacota com gay e mulher. Tudo que gera preconceito gera ódio, gera violência", defendeu Malu.

GGB
"Os 50 mortos são um recado claro de que o mundo é um local perigoso para nós", disse Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), sobre o ataque na boate gay de Orlando. Para Marcelo Cerqueira, atos como esse são frutos do aumento do conservadorismo no mundo e do fortalecimento de religiões extremistas. "Isso é um perigo enorme à democracia e a todo o progresso que conseguimos ao longo dos anos", afirmou.

O presidente do GGB ainda revelou que as vítimas da boate Pulse serão homenageadas na Parada Gay de Salvador, marcada para ser realizada em 11 de setembro. "Vamos fazer um minuto de silêncio pelas vitrimas e pelo fim do terrorismo. Vamos também distribuir materiais contra a violência aos LGBTs", disse Marcelo.

Dados do GGB apontam que, em 2016, já ocorreram na Bahia o assassinato de 16 LGBTs. Em 2015 a entidade contabilizou 33 mortes. "É preciso que todos nós fiquemos atentos a todo comportamento que indiquem atos de extremismo e façamos denúncias à polícia", acrescentou Marcelo. 



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