Economia & Negócios

A situação do mercado automotivo no Brasil


09/06/2021

Portal WSCOM



O mercado automotivo recebeu o impacto da pandemia, como tantos outros mercados, no mundo. A quarentena fez diminuir a circulação de pessoas e, em consequência, a economia ficou estancada. No Brasil, o mercado automotivo viveu uma instabilidade que causou muita insegurança nas vendas de carros compactos, SUV, picapes, Jeep e outros modelos.

É evidente que o isolamento obrigatório fez com que houve uma queda enorme na mobilidade e, em consequência, uma diminuição drástica da quantidade de veículos rodando pela cidade e nas estradas. Para entender a problemática: quando um país enfrenta o chamado ‘lockdown’ (quarentena, isolamento social), a mobilidade de carros cai aproximadamente em um 80%. Os carros Jeep, os Sedan, Suv, e até os ônibus não são vistos com tanta frequência.

A visa e os costumes das pessoas foram mudando, procurando uma rápida adaptação ao ‘novo normal’. Embora muitas pessoas continuaram com os seus trabalhos, mantendo desse modo os serviços essenciais funcionando, os consumidores, de um modo geral, passaram a fazer compras online, a utilizar os serviços de entrega em domicílio. Desse jeito, evita-se a circulação nas ruas e, em consequência, as possibilidades de adoecer.

Por causa disso, durante o ano de 2020 houve um aumento na venda de vans e motocicletas, facilitada por financiamentos, já que todos tiveram que enfrentar problemas econômicos! Tanto os carros da marca Jeep, quanto os veículos de todas as outras marcas sofreram com a diminuição repentinas nas vendas.

O mercado automotivo online é a nova realidade

Embora o setor automobilístico estivesse começando a funcionar através da internet, a pandemia ajudou a acelerar essa transformação e podemos dizer que hoje em dia os consumidores procuram através da internet tudo o que precisam saber sobre os carros que pretendem comprar.

Assim sendo, as concessionarias trabalharam para poderem estar presentes na internet com as suas páginas web contendo toda a informação que, eles sabem, os consumidores procuram. Por esse motivo, embora em menor quantidade, a venda de carros continuou.

Estatísticas sobre a venda de carros nos últimos anos no Brasil

No ano de 2020, a venda de carros novos diminuiu aproximadamente um 26%. Esse resultado é o pior desde o ano de 2016, segundo a Fenabrave divulgou recentemente. No ano de 2015 a queda nas vendas foi de um 26,55%. Mas agora, tudo é produto do coronavírus.

Para se ter uma ideia da situação do mercado automotivo no Brasil nos últimos anos:

  • No ano de 2016 foram emplacados 2.050.240 veículos.
  • No ano de 2019 foram emplacados 2.787.618 veículos.
  • No ano de 2020 foram emplacados 2.058.315 veículos.

Alguns estados brasileiros sofreram mais que outros com a diminuição nas vendas, entre eles:

Tocantins com um 80%

Alagoas com um 88,3%

Sergipe com um 88,9%

Mas o mês de dezembro passado as coisas começaram a melhorar e tanto Jeep carros quanto outros tipos de veículos foram beneficiados pelo retorno das atividades econômicas no país: foram vendidos quase 195 mil carros. Isso representa um crescimento de pouco mais de um 8%.

Na verdade, houve uma queda na produção de veículos novos e, por outro lado, cresceu o medo do contágio do coronavírus no transporte público. Isso tudo ajudou no aumento da venda de carros.

No caso dos carros usados, em abril deste ano as vendas aumentaram quase um 450% em relação ao mês de abril do ano passado. Na soma dos primeiros quatro meses do ano, o aumento foi de um 40,7%, que também é superior em relação ao mesmo quadrimestre do ano de 2020.

No mês de maio os emplacamentos de carros subiram. As vendas de veículos compactos, caminhões e ônibus aumentaram, aquecendo o mercado novamente.

Acontece que os consumidores, com a sua situação financeira mexida, tiveram que procurar um jeito de pagaras dívidas que contraíram durante o pior período da crise sanitária. Assim sendo, muitos trocaram os seus carros por modelos mais antigos, para conseguir o dinheiro necessário e quitar as dívidas.

Por outro lado, outro tipo de consumidor apareceu no mercado: aquele que, para cuidar da sua saúde e da saúde da família, optou por comprar um carro, evitando desse modo o uso do transporte público.

 

 

 



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