Esporte

Brasil bate recorde de medalhas e garante 5° lugar inédito nos Jogos Paralímpicos de Paris

Delegação brasileira conquistou 89 pódios, sendo 25 com a medalha de ouro, 26 pratas e 38 bronzes.


08/09/2024

A nadadora Carol Santiago, que se tornou a maior medalhista de ouro brasileira da história dos Jogos Paralímpicos (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Estadão



A delegação brasileira garantiu neste domingo, 8, a 5ª posição nos Jogos Paralímpicos de Paris. É a primeira vez que o time brasileiro fica no ‘Top Five’ da competição. Além da conquista inédita, também bateu recorde de medalhas, com 89 no total, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze.

Na última paralimpíada, no Japão, o time brasileiro conquistou 72 medalhas, com recorde de 22 ouros, além de 20 pratas e 30 bronzes. Ficamos na sétima colocação do ranking mundial. E foi em Tóquio que o Brasil chegou a sua 100ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos.

A cerimônia de encerramento está marcada para 15h30 deste domingo, 8, (horário de Brasília) no Stade de France, com 24 artistas da música eletrônica francesa.

A XVII edição dos Jogos Paralímpicos reuniu mais de 4.400 atletas de 185 países. O time brasileiro, com 279 competidores, segundo dados do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foi o maior da história do País. A delegação teve 254 esportistas com deficiência, 18 atletas-guia do atletismo e 1 do triatlo, três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Somente o atletismo tem 70 atletas e 18 atletas-guia.

No recorde anterior, a delegação que competiu em Tóquio, nos Jogos Paralímpicos de 2020, disputado em 2021 por causa da pandemia, teve 259 competidores, incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro.

O sucesso da equipe paralímpica é resultado do esforço dos atletas e do investimento no setor. Desde 2001 vigora a Lei n° 10.264, chamada de Lei Agnelo/Piva – referência a seus autores, o deputado Federal e ex-ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PC do B-DF) e o senador Pedro Piva (PSDB-SP) – que estabelece repasse de 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), sendo 85% ao COB e 15% ao CPB.

Em 2005 o governo brasileiro lançou o Bolsa Atleta, um programa de patrocínio individual de esportistas de alto desempenho que conquistam bons resultados em competições nacionais e internacionais. Segundo informações do Ministério do Esporte, já foram distribuídas 2.605 bolsas, beneficiando 815 atletas. Nos Jogos de Tóquio, dos 72 medalhistas, 68 recebiam Bolsa Atleta.

Além disso, Loterias Caixa e Braskem são patrocinadoras oficiais do atletismo. Loterias Caixa também patrocina oficialmente badminton, bocha, futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, natação, tênis de mesa e do tiro esportivo, e mantém ainda um programa de patrocínio individual de atletas de alto nível.

A delegação paulista que fez parte do time brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Paris também foi recorde, com 91 atletas dos 149 esportistas patrocinados pelo governo de SP atualmente. Na lista estão competidores de atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, taekwondo, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado.

O Time São Paulo Paralímpico foi criado pelo governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).


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