Policial

Fernando Cunha Lima presta depoimento sobre novas denúncias de abuso infantil e sugere que vítimas estão ‘atrás de dinheiro’


06/09/2024

Da Redação / Portal WSCOM



O médico pediatra Fernando Cunha Lima prestou novo depoimento à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude, em João Pessoa, nesta sexta-feira (6), para responder a novas denúncias de abuso sexual infantil. Ele foi acusado recentemente pela mãe de um menino de três anos de ter abusado da criança durante consultas médicas.

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Fernando Cunha Lima já havia sido indiciado e tornado réu por estupro de vulnerável após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), no dia 26 de agosto. Na ocasião, o pedido de prisão preventiva do médico foi negado pelo juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da Vara Criminal, que argumentou que as acusações ainda estavam baseadas em indícios e não em provas concretas.

Ao deixar a delegacia, o pediatra negou as acusações e afirmou que as vítimas estariam “atrás de dinheiro”. Ele foi cercado por jornalistas e, inicialmente, se recusou a falar. “O que eu tinha que falar, eu já falei para a doutora”, disse, referindo-se à delegada Isabel Costa. Em seguida, Fernando Cunha Lima voltou a negar os crimes. “Nego. Nego para todo o sempre. Nego tudo”, declarou.

Fernando também é alvo de um novo inquérito policial, aberto após outras denúncias de abuso virem à tona, incluindo o depoimento de uma sobrinha do médico que afirmou ter sido vítima de abusos na década de 1990. De acordo com o delegado Cristiano Santana, superintendente da Polícia Civil da Paraíba, novas vítimas têm se apresentado para relatar casos que remontam a 33 anos. Até o momento, seis pessoas foram identificadas como vítimas e quatro como testemunhas, cujos casos já prescreveram.

O advogado de Fernando Cunha Lima, Aécio Farias, disse que o médico nega todas as acusações. “Ele respondeu todas as perguntas, negou, e vai aguardar o desenrolar dos procedimentos”, afirmou o defensor.

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) instaurou uma sindicância para investigar o caso, e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde o médico era diretor, o afastou de suas funções.


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