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Maria do Desterro alerta sobre os casos de Feminicídio no Brasil e a necessidade de combate-los


21/07/2024

Feminicídio é uma chaga nacional. Precisamos de leis mais enérgicas contra os assassinos, assim como de campanhas educacionais para barrar esta selvageria contra meninas e mulheres.
Todos precisamos nos envolver num grande movimento de mudança das atuais estatísticas que tanto nos envergonham como nação.
O machismo está entranhado em todas as camadas da sociedade.
Os feminicidas um dia foram crianças que cresceram achando que mulheres existem para servi-los, mima-los e satisfazê-los. Aprenderam – primeiro em casa, depois na rua – que mulheres são seres de segunda categoria. Paira sobre suas cabeças a ideia da impunidade e até um macabro sentimento de solidariedade por parte dos seus pares. Nos seus grupos de conversa, referem-se a elas como objetos e as ostentam como troféus de suas masculinidades tóxicas. Esta perversão começa cedo; só através de ações articuladas entre o Estado e toda sociedade civil poderemos ter um cotidiano mais humano e mais seguro, não só para as mulheres, mas para todos. Educação ostensiva e leis precisam atuar em conjunto, de forma enérgica e competente, para mudar nossas tristes estatísticas. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023 houve o maior número de casos de feminicídio já registrados no país com um total de 1.467, o que representa uma morte a cada seis horas. Destas, 71,1% tinham entre 18 e 44 anos, 63,6% eram negras e 64,3% foram mortas em casa. O assassino foi o parceiro em 63% dos casos, o ex-parceiro em 21,2% e um familiar em 8,7%. Num ranking mundial sobre o número de assassinatos de mulheres, dos 84 países participantes, o Brasil ocupou a sétima posição! O mais consternador é sabermos que estas estatísticas são subnotificações de uma realidade ainda pior.

Por: Maria do Desterro Leiros da Costa.



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