Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Política

Essa Luta também deve ser nossa


06/07/2024

Presidente garantiu que sancionará lei que legaliza jogos de azar no Brasil - FotoReprodução/CanalGov

“Sou presidente para provar que é possível cuidar dos pobres. O que custa caro é cuidar de rico.” Essa declaração do Presidente Lula diz bem do seu obsessivo desejo de implementar políticas públicas voltadas para atender à população mais vulnerável socialmente. O mercado fica incomodado com essa manifesta intenção do primeiro mandatário da Nação, contando com a colaboração do presidente do Banco Central, que adota uma posição de estímulo a especulação financeira, em detrimento dos interesses das bases da pirâmide social brasileira.

Nossas elites que são, por natureza, reacionárias, , com o apoio da mídia corporativa, reagem contra o governo, impondo restrições ao desenvolvimento e distribuição de renda, numa postura estratégica para estabelecer uma correlação de forças em desigualdade nos extratos sociais. O rentismo financeiro não se inibe em demonstrar o interesse em manter a inaceitável concentração de renda que persiste em nosso país.

A redução do nível de consciência de parte da população, lamentavelmente, provoca uma confusão política e ideológica. É quando aparecem os “pobres de direita”, que não conseguem enxergar os ganhos expressivos no combate à miséria, nas condições de saúde e educação, criando empregos e permitindo um razoável crescimento econômico. A extrema direita, usando de argumentos inverídicos e a manipulação do subconsciente, consegue capturar mentes despolitizadas, que passam a se posicionar contra seus próprios interesses,

O Brasil conhece os pressupostos programáticos do Presidente Lula desde a sua primeira eleição em 2002. Ele sempre afirmou que um dos seus propósitos prioritários é colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda. Ainda que enfrente forte resistência no Congresso, com uma maioria parlamentar em posições alinhadas com a extrema direita, ele não deve abdicar do seu compromisso com a justiça social e inclusão com
emprego, renda e segurança alimentar para combater a fome, a pobreza, a precarização do trabalho e a desigualdade com a concentração de renda e de riquezas. Foi isso que fez com que se tornasse o mais respeitado líder político no mundo e deve ser o fator de fortalecimento da sua determinação em enfrentar a guerra que as as forças reacionárias vêm desenvolvendo contra o seu projeto político-econômico. Afinal para isso que foi eleito, embora, esse mesmo eleitorado tenha composto uma maioria parlamentar que pensa diferente e trabalha no sentido de asfixiar o governo, tentando impedi-lo de promover as mudanças prometidas no cenário eleitoral.

É hora dos movimentos sociais e populares apoiarem o Presidente Lula e ser parte ativa na luta que o impedirá de ficar refém do Congresso e do mercado financeiro, traçando estratégias para promover uma mobilização social na defesa do governo frente aos ataques da extrema-direita. Sabemos que a burguesia brasileira nunca se afastará dos princípios centrais do neoliberalismo, e, por isso, as perspectivas econômicas e políticas permanecem altamente desafiadoras, mesmo para uma pessoa com as qualificações e a experiência do Presidente Lula. Não podemos deixá-lo sozinho nessa luta.

Rui Leitão


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