Nesta terça-feira, 28, lideranças sindicais e representantes do setor produtivo paraibano, se reuniram na sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEPB, em Campina Grande, para debaterem a retomada e o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais para os setores industriais.

A Paraíba possui 22 arranjos certificados pelo Núcleo Estadual de Apoio aos APLs do estado, que os torna reconhecidos pelo Grupo de Trabalho permanente em Arranjos Produtivos Locais. Conduzida pelo presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do Estado da Paraíba, Sebastião Acioly, a reunião contou com a presença de representantes da maioria dos sindicatos industriais filiados à federação, e pautou a importância dessa certificação para o setor produtivo.

“Esse era um assunto que estava parado há quase oito anos, e agora volta à pauta. Nós trouxemos pessoas importantes aqui que já atuavam com isso e daqui para frente não vamos mais deixar parar, porque vamos formar grupos de trabalho, como ficou acertado, e vamos reunir todas as pessoas que estão nessa relação dos arranjos produtivos para ver a possibilidade de certificá-los”, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados do Estado da Paraíba – Sindicalçados/PB, Sebastião Acioly.

Dos sindicatos filiados à federação, cinco deles possuem a certificação, o das indústrias de calçados, o das indústrias de curtimento de couros e peles, o das indústrias do vestuário, o das indústrias de cerâmica vermelha e o das indústrias de fiação e tecelagem em geral.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem em Geral do Estado da Paraíba – Sindtêxtil/PB, Magno Rossi, ratificou que o objetivo da reunião “foi identificar os potenciais que temos para o desenvolvimento desses arranjos e formalizar as informações dos resultados”. Para ele, é extremamente necessário o acompanhamento desses resultados para que sejam coletadas informações necessárias sobre cada arranjo produtivo.

“Como nós somos a federação, fica aqui a nossa responsabilidade de provocar, e eu acho que o ponto principal é fazer acesso aos convênios, aos ministérios, a outras instituições, como o SEBRAE, de forma que esses créditos, esses treinamentos e essa possibilidade de conhecimento cheguem aos pequenos. Se conseguirmos evoluir nisso dentro do plano que está sendo feito, em pouco tempo teremos alcançado bons resultados e, então, é só continuar mantendo o planejamento”, concluiu o presidente do SindTêxtil-PB, Magno Rossi.

A secretária do Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado da Paraíba, Rosália Lucas, que esteve na reunião, ressaltou que para o fortalecimento desses arranjos produtivos é necessário um trabalho conjunto e transversal com outras áreas e instituições. “Os Arranjos Produtivos Locais são ações de políticas públicas transversais, onde nós vamos, juntamente com outras secretarias, como a de inovação, a de agricultura familiar, de desenvolvimento agrário, e com instituições como a FIEPB, que é a casa da indústria, identificar os APLs e as organizações que estão a frente de cada um. Nós vamos fazer uma próxima reunião onde também vamos chamar essas secretarias, com a FIEPB liderando o setor industrial, para que assim possamos retomar esses arranjos produtivos. É dessa forma colaborativa e convergente que a gente tem avançado. Quero parabenizar o presidente da federação, Cassiano Pereira, que tem aberto portas para o desenvolvimento da indústria em vários setores”, destacou a secretária de estado, Rosália Lucas.

Os arranjos produtivos são importantes para o desenvolvimento local, pois promovem a cooperação entre as empresas e estimulam a inovação e a competitividade. “A proposta da criação e retomada das APLs, principalmente no que cabe à federação vai nos dar uma nova modelagem para o segmento fazendo com que nós possamos capacitar e inovar os nossos filiados e os demais sindicatos presentes nessa instituição”, pontuou o presidente do Sindicato da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho no Estado da Paraíba, Guilherme Estrela.

A próxima reunião está marcada para o mês de junho e será focada na formação dos grupos de trabalho, que vão fazer o levantamento de informações e diagnósticos sobre os arranjos produtivos e, assim, possam ter acesso à certificação.