A Justiça da Paraíba adiou a audiência de instrução do processo que investiga o padre Egídio de Carvalho Neto, marcada para às 8h30 desta segunda-feira (27) no Fórum Criminal de João Pessoa. A suspensão ocorreu após as defesas dos investigados relatarem dificuldades tecnológicas que impediram o acesso ao conteúdo do HD fornecido pelo Ministério Público.

O juiz José Guedes Cavalcanti acatou o pedido dos advogados de defesa, que alegaram falta de acesso aos dados necessários para a preparação adequada dos depoimentos. O advogado Diego Cazé, representante de um dos réus, confirmou a decisão. Até o momento, uma nova data para a audiência não foi definida.

O caso envolve alegações de fraude na compra de computadores, com implicações para o padre Egídio, Amanda Duarte (ex-tesoureira do Hospital Padre Zé) e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda. A audiência teria permitido a participação das testemunhas tanto de forma presencial quanto remota, conforme a conveniência das partes.

Este não é o primeiro adiamento. Na semana anterior, uma audiência foi suspensa após a defesa do padre Egídio insistir na oitiva de testemunhas ausentes. Naquela ocasião, uma testemunha da acusação e seis de defesa foram ouvidas, mas os principais réus, incluindo o padre Egídio e as ex-diretoras Amanda Duarte e Jannyne Dantas, não foram interrogados.

O processo investiga desvios de recursos estimados em R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé.