Policial

Advogado foragido da Operação Festa no Terreiro 2 suspeito de facilitar fraudes em licitações se entrega à PF em Patos


17/08/2023

(Foto: Reprodução)

WSCOM com Jornal da Paraíba



Nesta quinta-feira (17), o advogado João Lopes de Sousa Neto, foragido da Operação Festa no Terreiro 2, se entregou a Polícia Federal em Patos. Um dos alvos de mandados da operação, ele ocupa o cargo de presidente da Comissão de Licitação do município de São Mamede e, de acordo com as investigações, direcionava licitações em benefício do prefeito Umberto Jeferson, preso na última terça-feira (15).

Segundo informações da investigação, João Lopes desempenhou um papel crucial na organização criminosa, auxiliando os empresários Josivan Gomes Marques e Maxwell Brian Soares de Lacerda em fraudes nos processos licitatórios.

Há também informações que relacionam João Lopes de Sousa Neto a Umberto Jefferson, especialmente em relação a um aditivo em um contrato administrativo. O valor do contrato aumentou de R$ 8,35 milhões para R$ 10,10 milhões, quase dois milhões de reais a mais, nove meses após a assinatura. Isso representa cerca de 21% do valor original e é caracterizado pela Polícia Federal como um comportamento típico de desvio ilegal de recursos públicos.

Investigadores afirmam que o envolvimento do investigado é evidente nas atividades criminosas, visto que ele é peça-chave na estruturação e manutenção do núcleo processual da organização, além de participar na distribuição de propinas e na seleção de agentes médicos para a celebração de contratos no âmbito da prefeitura.

Segundo os investigadores, “a circunstância que demonstra a importância do investigado em foco nas empreitadas delitivas sob enfoque, porquanto os indícios apontam ser ele peça imprescindível na estruturação e manutenção do núcleo procedimental da sociedade, bem como na distribuição de propina e escolha de agentes econômicos para a entabulação de contratos, no âmbito daquela edilidade”.

Uma das transações suspeitas está ligada à construção de uma mansão em um condomínio de luxo em Patos, de propriedade do prefeito de São Mamede. A Polícia Federal alega que o imóvel teria sido financiado com recursos desviados dos cofres públicos municipais.



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