Em uma delas, um dos integrantes do grupo encaminha ao jogador uma mensagem de um comparsa com a seguinte frase: “Irmão esse mlk merece morrer”.

O atrito entre eles começou depois que Bauermann recebeu R$ 50 mil para levar um cartão amarelo no jogo entre Santos e Avaí, o que não aconteceu.

Como já tinha ficado com o dinheiro e não cumpriu o combinado, o zagueiro aceitou outra aposta: seria expulso no jogo seguinte, contra o Botafogo. Antes da partida, o jogador chega a brincar com o apostador dizendo que vão “reerguer a firma”.

Eduardo Bauermann de fato recebeu o cartão vermelho, mas após o término da partida. A expulsão depois do apito final não é considerada por alguns sites de apostas. O jogador diz que não sabia da regra.

A partir disso, o Bauermann é pressionado para devolver o dinheiro e chega a falar em fazer um empréstimo bancário e até a cogitar repassar aos apostadores uma porcentagem de seus direitos econômicos em uma futura negociação para sair do Santos.

Eduardo Bauermann diz ao apostador que aguarda receber uma proposta no fim do ano para ser negociado e que pode repassar ao grupo o que teria a receber.

Questionado pelo apostador sobre encontrar outros jogadores do Santos dispostos a receber cartão em troca de dinheiro, o zagueiro diz que acha que conseguiria mais dois.

Bauermann mantém contato com os apostadores mesmo durante o período de nascimento da filha. O jogador faz depósitos a eles para devolver os R$ 50 mil que recebeu pelo esquema.

Luiz Taveira, empresário de Bauermann também aparece em troca de mensagens com os apostadores. Em uma delas, diz que o jogador deveria ter “rachado o cara no pau” para forçar a expulsão contra o Botafogo.

Em contato com o ge, Luiz Taveira disse que tinha conhecimento da oferta e que aconselhou Bauermann a não receber o cartão no jogo contra o Botafogo. Ele também alega que estava negociando a restituição dos valores aos aliciadores.