Por Josélio Carneiro

Há 86 anos, em 25 de janeiro de 1937, então interventor da Paraíba Argemiro de Figueiredo fundava a Rádio Tabajara AM 1110, a PRI-4. Minhas primeiras relações com a emissora foi no final dos anos 1960, com menos de 10 anos de idade. Ouvia pela manhã Jonildo Cavalcanti no seu programa matinal Bom dia Trabalhador. Ele atuou na rádio entre as décadas de 1960 e 1990. Nessa época, morando em Nova Cruz-RN, lembro que também escutava outro campeão de audiência, Carlos Antonio, no programa Show das 13.

Em 1989, aos 2 de janeiro, passei estagiar na Tabajara e Carlos Antonio se tornou minha referência no rádio paraibano. Minha carteira de trabalho foi assinada como locutor entrevistador por cerca de 28 anos. Em meados de 2017 pedi demissão para ingressar como estatutário na Secretaria de Estado da Administração Penitenciária.

No ano de 2002 publiquei o livro Tabajara 65 anos – a Rádio da Paraíba. A primeira obra específica sobre a memória da pioneira da Paraíba. Em 2017 publiquei o livro Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural da Paraíba.

Homenagem à memória

Mas nesse artigo quero prestar homenagem à memória dos colegas da Rádio Tabajara que são personagens nesses livros, porque escreveram parte da história da emissora ao longo de  décadas, porém, não estão mais conosco, partiram para a dimensão espiritual da vida.

Fico triste por lembrar nesse 25 de janeiro de 2023 de tantos nomes da rádio mais antiga da Paraíba. Rendo minhas homenagens à memória de: Carlos Antonio, Jonildo Cavalcanti, Geraldo Cavalcante, Airton José (Bolinha), Spencer Hartmann, Ernani Hardman Norat, Ivan Bezerra, João de Souza, José Maria Fontenelle, Lulinha Rodrigues, Jota Batista, Carlos Vasconcelos, maestros Severino Araújo e Moacir Santos (Orquestra Tabajara), José Ribeiro, Ivan Thomaz, Walter Lins, Walter Cartaxo, Sandra Bárcia, Fernando (Sapé) Rodrigues, Zé Pequeno, Mércia Paiva, Otacílio Batista (o poeta repentista), Deodato Borges, Severino Biu Ramos, Itamar Cândido (esses três, diretores), Jorge Tavares e Ruy de Assis (cantores), Walter Farias, Werton Soares e Marciano Soares. Que lembro agora, 30 nomes que fizeram história na Tabajara.

Parabéns aos profissionais que seguem vivos…

Por fim, parabéns aos profissionais que seguem vivos ouvindo a emissora, um deles, em especial, o veterano e amigo Assis Mangueira, ainda nos microfones da Tabajara, um recorde mundial, mais de 50 anos no ar. Juarez Diniz, Franco Ferreira, Josy Simão, Marcos Thomaz. Aí temos na escuta da antiga PRI-4 Nakamura Black, Jadir Camargo, Ana Paula, Lúcia Figueiredo, Lenilson Guedes, Jaimacy Andrade, Odonildo Dantas, Ivan de Brito, Sérgio de Andrade, Luizinho do Pagode, Ruy Lemos, Oliveira de Panelas, que fez dupla com Otacílio Batista, Germano Barbosa, Claudete Andrade, Walquíria Andrade, Edmilson Pereira, Márcia Cabral, Josy Gomes, Josy Aquino, Adelton Alves (diretor), Gilberto Martins, Josélio Carneiro e tantos outros.

Rádio Parahyba FM 103,9

Mas a Rádio Tabajara AM está desligando seus microfones após oito décadas e meia. Vai dar lugar a Rádio Parahyba FM 103,9, no processo de migração AM para FM. Surge um novo som. A história da antiga PRI-4 ficará marcada na memória de muita gente e nas publicações, incluindo esses dois livros que idealizei e publiquei. O livro Rádio Tabajara Patrimônio Cultural da Paraíba ainda está à venda nas livrarias do Luiz e O Sebo Cultural, em João Pessoa.