Paraíba

No retorno à Paraíba, Juliette fala sobre reencontros, raízes e carreira: “meu propósito é levar a força do Nordeste para todos os lugares”


01/04/2022

Juliette está de volta a João Pessoa para "estrear" a Turnê "Caminho", na Dommus Hall (Foto: Reprodução / Instagram)

Por ÂNGELO MEDEIROS



De volta à João Pessoa, onde apresentará neste sábado (2), na Casa de Shows Dommus Hall, o show “Caminho”, segundo da turnê de início da carreira artística como cantora, a paraibana Juliette Freire conversou com o Portal WSCOM, nesta sexta-feira (1), em entrevista contundente. Sem pauta pré-definida, a artista falou sobre a emoção de retornar à Paraíba e de reencontrar familiares e centenas de amigos, pessoas que fizeram parte da sua trajetória de vida.

Durante a entrevista, Juliette Freire também falou sobre o desafio de buscar o sucesso na música. Ela destacou as influências musicais e citou a importância das raízes nordestinas para montagem de seu show e repertório, que inclui músicas que já são sucessos, a exemplo de “Diferença Mara”, de “Vixe Que Gostoso”, “Un Ratito”, entre outras, faixas que integram seu EP auto intitulado. Grandes sucessos nacionais e também músicas que marcaram a história da paraibana e de seus fãs, como “Deus Me Proteja”, de Chico César e Dominguinhos; “Espumas ao Vento”, de Accioly Neto, conhecida nacionalmente na voz de Fagner; e “Me Usa”, da Banda Magníficos, também estão na playlist da cantora.

“Meu show tem uma boa parte de música nordestina, com arranjos diferenciados, com arranjos que misturam modernidade e tradição. Ficou muito legal a forma como a gente fez. Eu quero trazer a mensagem da música nordestina para todo esse público que me acompanha, então procurei fazer isso de uma forma muito bonita para que uma criança escute ‘Deus me Proteja’ e diga ‘que música massa’, esse é o meu propósito, é levar a força do Nordeste para todos os lugares”, frisou Juliette.

A direção artística do show fica por conta de Juzé Neto, que também divide a direção musical com Toim do Gado, dois paraibanos que integram a equipe artística de Juliette Freire, que ainda conta com nomes consagrados como Ludmila Machado, que já assinou a cenografia de grandes espetáculos e premiações da MTV, Multishow, Nickelodeon e programas da Globo; de Paulo Lebrão, designer que já assinou a luz de artistas como Alejandro Sanz, Ivete Sangalo e Maná; de Tito Sabatini, que já criou conteúdo visual para estrelas como Rod Stewart, Cindy Lauper e Jota Quest; e de Michele X e Yan Acioli, que assinam o styling da paraibana.

“Eu sou muito abençoada, graças a Deus. A gente conseguiu montar um time junto com a Rodamoinho, que é a empresa de Anitta, que tem toda essa experiência e muito bom gosto. A gente saiu reunindo os melhores profissionais da área. A minha banda, por exemplo, é 95% paraibana, com excelentes profissionais, a exemplo do meu produtor Juzé Neto; de Toim do Gado, que é o meu maestro; todos os músicos e minha equipe. A gente pegou Ludmilla, que é a cenógrafa, e misturamos tudo para dar um resultado de um show muito bonito. Quanto maior o show, maior a responsabilidade. Ficou um show muito bonito e eu tenho muito orgulho dele. Deus sabe de todas as coisas, então só tenho que agradecer e mostrar isso a vocês para que vocês se emocionem junto comigo”, frisou.

LEIA A ENTREVISTA, NA ÍNTEGRA:

WSCOM – “Caminho”, esse é o tema da sua primeira turnê nacional com o show que lhe apresenta ao Brasil oficialmente como cantora. Por quê desse tema e como foi a sua produção?

JULIETTE: “Eu acho que o que eu queria trazer é mostrar ao público o que me trouxe até aqui, quais são as minhas raízes, quais são as músicas que me formaram, ao mesmo tempo de tudo que contribuiu com minha formação, as músicas atuais também, outros ritmos, é como se eu trouxesse o público junto comigo para acompanhar essa trajetória, que vem desde as minhas bases nordestinas, de canções da MPB, com passagem pelo pop, o brega funk, a música eletrônica, enfim. Mostra muito sobre que caminho é esse, a estrutura do show mostra isso, são altos e baixos, nada reto, com círculos, degraus, a estrutura fala o tempo inteiro que ‘caminho’ é feito de coisas não lineares digamos assim. Quero passar essa mensagem, que é um trajeto que nós construímos juntos”.

WSCOM – No Big Brother, a gente se acostumou com você na Casa cantando grandes sucessos da MPB, sobretudo de artistas nordestinos como Chico César, mas também do nosso forró local, a exemplo de músicas da Banda Magníficos. Esse show também tem essa mistura, essa essência da música verdadeiramente nordestina?

JULIETTE – “Total [influência], meu show tem uma boa parte de música nordestina, com arranjos diferenciados, com arranjos que misturam modernidade e tradição. Ficou muito legal a forma como a gente fez. Eu quero trazer a mensagem da música nordestina para todo esse público que me acompanha, então procurei fazer isso de uma forma muito bonita para que uma criança escute ‘Deus me Proteja’ e diga ‘que música massa’, esse é o meu propósito, é levar a força do Nordeste para todos os lugares”, frisou Juliette.

WSCOM – E, essas músicas estão no seu repertório?

JULIETTE – “Total, trago Elba, trago Chico [César], trago Gilberto Gil, trago Dominguinhos, Fagner com ‘Espumas ao Vento’, Alceu Valença, uma infinidade de artistas nordestinos que nos alimentaram de tantas músicas boas”.

WSCOM – O seu show conta com músicos de renome, e cenários idealizados por Ludmila Machado, que já assinou a cenografia de grandes premiações, e ‘lightdesign’ criado por Paulo Lebrão, que já trabalhou com grandes artistas. Como é trabalhar com tanta gente boa nesse início de performance musical?

JULIETTE – “Eu sou muito abençoada, graças a Deus. A gente conseguiu montar um time junto com a Rodamoinho, que é a empresa de Anitta, que tem toda essa experiência e muito bom gosto. A gente saiu reunindo os melhores profissionais da área. A minha banda é 95% paraibana, com excelentes profissionais, a exemplo do meu produtor Juzé Neto; de Toim do Gado, que é o meu maestro; e todos os músicos da minha equipe. A gente pegou Ludmilla que é a cenógrafa, e misturamos tudo para dar um resultado de um show muito bonito. Quanto maior o show, maior a responsabilidade. No início pensei ‘Meu Deus, o show é muito grande’, dá frio na barriga, se fosse uma voz e violão eu ficaria mais tranquila, só que tudo ficou muito bonito, eu tenho muito orgulho dele. Deus sabe de todas as coisas, então só tenho que agradecer e mostrar isso a vocês para que vocês se emocionem junto comigo”.

WSCOM – Nós conhecemos Juliette nacionalmente através do Big Brother Brasil, e temos acompanhado a sua evolução com artista pelas mídias. Várias ex-participantes do BBB, como Grazy Massafera e Juliana Alves, enveredaram pela atuação, na carreira de atriz, você tem pretensões de seguir por esse caminho no futuro?

JULIETTE – “Rapaz, o povo fica dizendo isso pra mim toda hora (risos), meus amigos dizem ‘Você é atriz’, mas eu não acho que eu sou. Eu acho muito bonito, tenho respeito, não tenho pretensão agora. Mas, grande parte do que eu disse ‘não’ na vida, eu acabei fazendo, então, não é um projeto por enquanto, estou totalmente inserida na música, quero fazer isso dar certo, eu acho que dá para ficar aí. O resto está nas mãos de Deus, se for da vontade dele…

WSCOM – A música é um caminho sem volta, você pretende mesmo seguir por esse caminho?

JULIETTE – Sim, sim, eu amo.

WSCOM – Você estreou a Turnê “Caminho” no Rio de Janeiro, e faz seu segundo show em João Pessoa (PB). Ainda passará por Vitória (ES), São Paulo (SP) e Recife (PE). Como foi a receptividade do público no primeiro show e o que você espera desse primeiro encontro com o público paraibano, seus conterrâneos?

JULIETTE – “Acho que o público se surpreendeu com o show que apresentei, e eu me surpreendi com a reação do público. Eles cantaram todas as músicas, vibraram, era uma gritaria, muita emoção, chororô, muito bonito, foi um público grande, a receptividade da crítica foi com muitos elogios, somente com 1% de críticas ruins, é verdade, mas isso é besteira e que bom que tenha”.

“Eu espero que na Paraíba isso seja ainda maior, espero que na Paraíba eu consiga emocionar mais as pessoas, porque eu estou emocionada, vai ser um dia muito importante para mim, só frio na barriga e ansiedade.”

WSCOM – Os amigos e amigas de Campina Grande e João Pessoa estarão em presentes no show, certamente…

JULIETTE – “Meu filho, é caravana, é ônibus, meus amigos, as pessoas que estudaram comigo, meus professores, povo que trabalhou comigo, convidei todo mundo, convidei cada pessoa que acrescentou de forma diferente em minha vida, àqueles que me deram alguma palavra de apoio e incentivo, ou crítica para que eu evoluísse, então quero todo mundo lá assistindo”.

WSCOM – Quem acompanha Juliette sabe que você é uma artista com consciência política, estamos em um ano de eleição, como você avalia a importância da Região Nordeste e de seus nove estados para o desenvolvimento do país a partir de 2023?

JULIETTE – “Eu acho que todo o País tem responsabilidade com a nossa sociedade, acho que toda pessoa tem sua parcela de responsabilidade, e tem que assumir as rédeas do nosso País. Tem que ter muita responsabilidade com o que se faz e sobre como se vota, saber quais são as pretensões [dos representantes]. Eu me preocupo muito com isso, a gente já sofreu muito, nosso País sofre com problemas sociais, então, acho que todos nós precisamos estar em alerta tudo isso e tomar a melhor decisão”.

WSCOM – Por fim, Juliette, deixa o recado para as pessoas que esperam reencontrá-la no show deste sábado, em João Pessoa.

JULIETTE – Estou muito feliz, eu quero o abraço do meu povo, quero o aconchego do meu povo, quero me emocionar junto com eles, quero ver o sorriso de cada um. Convido todos vocês para estarem comigo nesse ‘Caminho’, dando mais um passo na nossa trajetória, porque construímos tudo isso juntos, espero todo mundo lá. Xero!


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