Cinema

Festival de cinema intercultural Sementes Griôs realiza sua 3ª edição em agosto


27/07/2021

Portal WSCOM

Um total de 19 filmes, incluindo alguns títulos inéditos, estão na programação da 3º Sementes Griôs – Festival de cinema intercultural, que inicia-se a partir de 1º e segue até 06 de agosto, com programação gratuita. O festival é uma realização da Semente – Escola de Educação Audiovisual em parceria com a Amora Produções. Totalmente online e gratuito, o web festival contará com mostras de filmes de curta-metragem, produzidos dentro e fora da escola, rodas de conversa e também uma vivência griô.

As rodas de conversa serão realizadas via Google Meet, portanto, é necessário realizar inscrição para participar. As inscrições estarão abertas a partir de 24 de julho de 2021, via Sympla. Quanto aos filmes do festival, estarão disponíveis no site da Videocamp, plataforma oficial do evento.

Toda a programação e demais informações podem ser encontradas no site semente.educacaoaudiovisual.com.br e nas redes sociais da escola: @semente.educacaoaudiovisual.

PROGRAMAÇÃO

Segunda, 2 de agosto de 2021

19h30

Abertura + Roda de conversa

Pedagogia Griô, vínculos e ancestralidade

Reunimos nessa roda de abertura representantes da Pedagogia Griô para compartilharem suas práticas, vivências e saberes sobre esta pedagogia, cujo foco é o fortalecimento da identidade, a celebração da vida e a ancestralidade dos estudantes.

Mediação:

Ana Bárbara Ramos

Cineasta, educadora e coordenadora da Semente Escola de Educação Audiovisual

 

Convidados:

Líllian Pacheco (BA)

Educadora popular, educadora biocêntrica e educadora para as relações etnico raciais positivas. Idealizadora e coordenadora da Escola de Formação na Pedagogia Griô, do Ponto de Cultura Grãos de Luz e Griô, da Ação Griô Nacional e da Escola de Políticas Culturais. Coordenadora de projetos há 25 anos, premiados nacionalmente. Atuante no Movimento Nacional de Emergência Cultural da Lei Aldir Blanc.

Penhinha Teixeira (PB)

Quilombola, Educadora, Griô Aprendiz,  Coordenadora Pedagógica da Escola Viva Olho do Tempo e estudante do Curso de Pedagogia Educação do Campo/UFPB.

Uilami Dejan (BA)

Artista gráfico, produtor audiovisual e fotógrafo. Fundador da TiVi Griô, uma TV comunitária que tem como missão elaborar e partilhar conhecimento, lutar por direitos humanos e cidadania com uma linguagem griô, caminhante, itinerante, livre, incluindo todos na roda da produção de conteúdos.

 

Terça, 3 de agosto de 2021

Às 19h30

Roda de conversa

Conversas entorno da interculturalidade: possibilidades de práticas na escola

Ementa

Reunimos nesta roda projetos inspiradores que têm contribuído com o processo de fortalecimento da identidade cultural dos povos tradicionais e sua relação com a comunidade escolar.  A interculturalidade é entendida como uma chave para compreender diversas pautas contemporâneas, como as questões identitárias, e se propõe a uma busca por relações de cooperação, respeito e aceitação, entre diferentes culturas e sujeitos, visando, dessa forma, preservar e potencializar as identidades culturais e os saberes das comunidades a que pertencem.

Mediação:

Felipe Barquete

Cineasta, educador e coordenador da Semente Escola de Educação Audiovisual

Convidadas:

Makota Kidoialê (MG)

Liderança do Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango, comunidade tradicional de matriz africana de nação bantu localizada no bairro Santa Efigênia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG) e uma das autoras de Manzo, Ventos Fortes de um Kilombo, de 2018 e idealizadora do projeto Edukação de Kilombu e Afrobetização.

Sueli Maxakali (MG)

Cineasta, liderança indígena e idealizadora da Aldeia-Escola-floresta. É presidente da Associação Maxakali de Aldeia Verde, fotógrafa e professora do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG.

Clarisse Alvarenga (MG)

É professora adjunta na Faculdade de Educação da UFMG onde atua na interface entre as áreas da Comunicação Social e da Educação. Pesquisa os seguintes temas: cinema brasileiro, documentário, TVs comunitárias, vídeo popular, audiovisual comunitário, oficinas de vídeo, cinema e educação, formação audiovisual e pedagogias do cinema, tendo atenção especial ao cinema ameríndio brasileiro. Coordena o Laboratório de Práticas Audiovisuais (Lapa), projeto de pesquisa e extensão voltado para a formação audiovisual. Entre os filmes que dirigiu estão os longas-metragens Ô, de casa! (2007) e Homem-peixe (2017). É autora do livro Da cena do contato ao inacabamento da história (Edufba, 2017). Em 2016, sua tese de Doutorado foi agraciada com o prêmio Eduardo Peñuela Cañizal de Melhor Tese, concedido pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação Social (Compós).

 

Quarta, 4 de agosto de 2021

Às 9h

Vivência griô, com Mestra D’oci

Contação de história e cantigas.

Doci dos Anjos (Escola Viva Olho do Tempo/João Pessoa-PB)– Mestra Griô de Tradição Oral, Idealizadora do Ponto de Cultura Olho do Tempo – PB, representante da Comissão Nacional de Mestras/es Griôs do Brasil.

 

Quarta, 4 de agosto de 2021

Às 14h00

Sessão cineclubista – programa 1

 

Sexta, 6 de agosto de 2021

Às 19h30

Sessão cineclubista – programa 2

MOSTRA FILMES – programação online

Programa 1: A terra deu, a terra dá, a terra cria

Tesouro quilombola

Direção: Coletiva (doc, 2021, PB, 22 min)

O que acontece quando um grupo de crianças quilombolas saem em busca de um tesouro perdido em seu território?

No tempo do verão

direção: Wewito Piyãko. (Doc, 2013, 21’, Acre, cor]

Na aldeia Ashaninka, verão é tempo de farra de passarinho, pé de fruta carregado e pescaria em família. Mas é, antes de tudo, tempo de descoberta. As crianças deixam de ir à escola para aprender com os mais velhos a vida na floresta: fazer flechas, construir abrigo na margem do rio, acender o fogo, cozinhar macaxeira, fisgar peixe com arpão… Tayri, Piyãko e Bianca nos mostram que novas experiências podem ser muito divertidas.

Tem um monte de Oxum no Sus

Dir: Aline Brune,  (Fic, 2019, BA, 3 min)

Parir no SUS dói mais que as dores. Mas ali nos viramos em deusas, juntas. E o amor em nós converteu também o lugar, encharcou tudo, transformou cada maca em cachoeira abundante.

Òrun Àiyé: a Criação do Mundo

Direção: Jamile Coelho e Cintia Maria (Fic, 2016, BA, 13 min)

Vovô Bira narra como os deuses africanos Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá, Nanã e Exú interagem na descoberta dos mistérios do universo. No início, a narração é focada na tarefa dada por Olodumaré, a Oxalá.

Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali

Dir.: Charles Bicalho, Isael Maxakali, (Animação, 2016, MG, 12 min)

Konãgxeka na língua indígena maxakali quer dizer “água grande”. Trata-se da versão maxakali da história do dilúvio. Como um castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy enviam a “grande água”. Trata-se de um filme indígena. Um dos diretores é representante do povo indígena Maxakali, de Minas Gerais. Filme falado em língua Maxakali, com legenda. O argumento do filme é o mito diluviano do povo Maxakali. As ilustrações para o filme foram feitas por indígenas Maxakali, durante oficina realizada na Aldeia Verde Maxakali, no município de Ladainha, Minas Gerais.

Fartura

Direção: Yasmin Thayná  (Doc, 2019, RJ, 26 min)

A partir de imagens domésticas, a comida revela um modo de viver em comunidade.

 

Programa 2: Ancestralidade viva, presente!

Yá, me conte histórias

Direção: Carine Fiúza  (Fic, 2020, PB, 8 min)

Há dias trancada em casa, Elisa começa a sofrer os efeitos da quarentena imposta pela pandemia do Corona Vírus. A hora de dormir já não é um bom momento desde que parou de sonhar. Mas uma história contada por sua mãe a fará atravessar o oceano Atlântico, rumo a África, sem sair de casa. No sonho ela passa a identificar valores e elementos da cultura Yorubá no seu lar.

Memórias dos mestres do Vale do Gramame

Direção: Leandro Cunha e Penhinha Teixeira(Doc, 2013, PB, 5 min)

Diante da imensa riqueza cultural de antigas tradições Griôs, um olhar observativo descreve as comunidades do Vale do Gramame, a fim de documentar os saberes e fazeres da ancestralidade local, como lendas, causos, histórias, talhadas pela ação do tempo

Rio de memórias

[Documentário – 14 min – Paraíba – 2019]

As crianças do quilombo Gurugi-Ipiranga (Conde/PB) te convidam para uma imersão audiovisual nos rios e nas memórias da comunidade sobre um modo de vida integrado com a natureza.

A roda da geração do coco

Direção: Coletiva (Doc, 2018, PB,  17 min)

A dança de roda que cria e une gerações – o encontro das crianças do grupo Clamores Antigos com os mais velhos integrantes do coco de roda Novo Quilombo, da comunidade quilombola Gurugi-Ipiranga (Conde/PB).

Barro preto e luto no território Xakriabá

[Dir.: Edna Alves de Barros e Roseli Gonçalves de Oliveira. DOC, 18’29”, MG, 2020]

O ritual tradicional do luto realizado pelos mais velhos na Terra Indígena Xakriabá não é conhecido das novas gerações Por isso buscamos retomar esse conhecimento e nos deparamos com o fato de que o nosso território guarda conhecimentos ancestrais muito antigos. Em meio ao processo de reencenação do tingimento da roupa com as cores do luto, acabamos nos deparando também com os resultados que as alterações climáticas estão gerando na nossa terra e que interferem nos rituais.

Noirblue

Direção: Ana Pi (Doc/Exp, 2018, MG, 27 min)

No continente africano, Ana Pi se reconecta às suas origens através do gesto coreográfico, engajando-se num experimento espaço-temporal que une o movimento tradicional ao contemporâneo. Em uma dança de fertilidade e de cura, a pele negra sob o véu azul se integra ao espaço, reencenando formas e cores que evocam a ancestralidade, o pertencimento, a resistência e o sentimento de liberdade.

Olhos de erê

Direção: de Luan Manzo e Bruno Augusto Alves Vasconcelos  (Fic, 2020, MG, 11 min)

Luan Manzo tem seis anos e é bisneto da matriarca Mametu Muiande do quilombo Manzo N’gunzo Kaiango, um dos quilombos reconhecidos pela cidade de Belo Horizonte. Fundado em 1970 por um preto velho, pai Benedito, Manzo é palácio de rei, governado por uma rainha. Ali germinam sementes e crianças, num processo educativo – a afrobetização – que afirma a organização, o coletivo, a ancestralidade e a circularidade do povo negro. As crianças no quilombo crescem sabendo-se respeitadas, e por isso Luan mostra toda sua segurança e conhecimento percorrendo o espaço sagrado e descrevendo-o a nós, com rigor e frescor infantil. É ele quem, com um celular em mãos, propõe este filme.

 

Programa 3: O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos

4 bilhões de infinito

Direção: Marco Antonio Pereira (Fic, 2020, PB, 14 min)

Brasil. 2020. Uma família vive com a energia de casa cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em casa conversando sobre ter esperança.

Formação audiovisual das mulheres indígenas

Direção: Mari Corrêa e Raquel Diniz (doc, 2015, SP, 17 minutos)

O Instituto Catitu capacita mulheres indígenas da Amazônia brasileira no uso de ferramentas contemporâneas de produção cultural, como o vídeo e a fotografia, para a valorização dos saberes femininos e o fortalecimento de seu protagonismo. Das oficinas de formação audiovisual e multimídia surgem os filmes das novas cineastas e fotógrafas indígenas. Mulheres que, de suas aldeias, contam histórias a partir do próprio olhar.

5 fitas

Direção: Vilma Martins e Heraldo de Deus, Salvador – BA, 15 min., L]

Em Salvador (Brasil), todo ano acontece a grande e tradicional festa para Senhor do Bonfim, onde fiéis, turistas e foliões, peregrinam até a famosa igreja para amarrar fitas e fazer pedidos. Dois irmãos, Pedro e Gabriel, ouvem desde de cedo as histórias e rezas de sua avó ao Senhor do Bonfim e decidem fugir no dia da lavagem, se aventurar entre a multidão, para tentar pedir por uma bola de futebol, já que cresceram sem uma figura paterna. Lá confrontam as narrativas de sua avó, com a lavagem atual, trazendo questões sobre religiosidade, sincretismo, manifestação popular, e importância da família.

Entre nós, um segredo

Direção:  Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté (Fic, 2021, Brasil, México, Burquina Fasso, 120 min)

A história de Toumani Kouyaté, que, em 2014, estabelecido com sua família e vivendo no Brasil, foi surpreendido pela convocação do avô para retornar com urgência ao Mali, seu país natal, junto a outros mais de 40 cidadãos malineses que moravam fora, para ouvi-lo contar uma última história. Seu avô sentia a morte se aproximar e precisava passar segredos da nação para a linhagem de djélis mais jovens, a fim de que eles seguissem com a tradição. A cultura oral, vista como um dos maiores tesouros do Estado, capaz de protegê-lo de guerras e crises, é também um importante componente social e político que precisa de continuidade.

Inspirações

Direção: Ariany De Souza (fic, 2020, RJ, 18 min)

A Diretora e Atriz principal do filme, Ariany de Souza, é uma jovem da Zona Oeste do Rio de Janeiro que encontrou na música e na poesia às inspirações para vencer os obstáculos que a vida foi colocando em seu caminho.

Filme de domingo

Direção: Lincoln Péricles  (Fic, 2020, SP, 28 min)

Domingo de sol na quebrada. Um tio babão, uma mãe zika, uma criança artista.

A piscina de Caíque

Direção: Rafael Gustavo da Silva (Fic, 2017, GO, 15 min)

Sonhando em ter uma piscina, Caíque e seu amigo se divertem escorregando no chão molhado e ensaboado da área de serviço. Por causa do desperdício de água, ele acaba criando problemas com sua mãe.

 

Serviço

3ª Sementes Griôs – Festival de Cinema Intercultural

de 1 a 6 de agosto de 2021

Apoio: Funjope – Lei Aldir Blanc

realização: Semente – Escola de Educação Audiovisual e Amora Produções

Plataforma oficial: https://www.videocamp.com/

Online e gratuito

https://bit.ly/Programacao_SementesGrios

www.semente.educacaoaudiovisual.com.br



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