Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O Prêmio do “Correio das Artes”


19/09/2016

Foto: autor desconhecido.

 

O ano de 1982 se iniciava com a Paraíba sendo agraciada com um prêmio nacional. No dia onze de janeiro, O “Correio das Artes”, o mais antigo suplemento literário do Brasil, foi escolhido pela Associação Paulista de Críticos de Artes como o órgão de imprensa que melhor atuou no âmbito cultural durante o ano de 1981. Na época era editado pelo poeta Sérgio Castro Pinto, tendo como supervisor o jornalista Agnaldo Almeida e o seu Conselho Consultivo composto por: Gonzaga Rodrigues, Antônio Barreto Neto, Arlindo Almeida, Walter Galvão, Vilson Brumel, Carlos Antônio Aranha e Anco Márcio.

A notícia, claro, deixou a todos nós paraibanos cheios de orgulho. Não imaginava naquele tempo de que um dia registraria minha participação na história desse que é considerado um dos mais conceituados suplementos culturais do país, ao assumir a superintendência do Jornal A União, no início dos anos 2.000.

O Correio das Artes, fundado em 27 de março de 1949, pelo poeta pernambucano Edson Régis, circula desde a sua origem como encarte do jornal oficial do Governo do Estado da Paraiba, “A União”. Em seu primeiro número definia no editorial o verdadeiro objetivo a que pretendia alcançar: “ emprestar uma contribuição ao atual movimento literário e artístico do Brasil e divulgar os seus valores mais representativos”.

Atualmente tem como editor o jornalista William Costa, mas durante sua trajetória histórica de circulação foi dirigido por consagrados nomes da literatura paraibana, dentre eles: Linaldo Guedes, Jurandy Moura, Antônio Mariano. Na sua longevidade consolida a posição de prestígio que conquistou nos meios intelectuais do país, prestando relevantes serviços à cultura nacional e paraibana, através dos contos, crônicas, ensaios e poemas que formam o seu conteúdo, com a assinatura dos mais expressivos nomes da literatura nacional.

Nos últimos dez anos, por iniciativa de Linaldo Guedes, ganhou o formato de revista cultural, com uma linha editorial moderna, segundo ele, com o propósito de “começar a achar caminhos para que a literatura deixasse de ser o patinho feio do jornalismo cultural”, e tornar-se uma leitura agradável e atrativa. Foi uma ação vitoriosa. O “Correio das Artes” tem ao longo de sua existência se afirmado como o mais importante veículo de expressão da literatura de nosso Estado, oferecendo espaços para novos autores. Tem, portanto, dignificado as tradições culturais da Paraiba.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.
 


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