Oportunismo não é a mesma coisa que oportunidade. Quando nos aproveitamos de ocasiões que nos permitem alcançar objetivos saudáveis, sérios e responsáveis, estamos tendo sabedoria para não perdermos as oportunidades que a vida nos apresenta. Entretanto, quando procuramos tirar proveito de circunstâncias, sem a preocupação de obedecermos a regras de moralidade, estamos sendo oportunistas aéticos.

No cotidiano encontramos pessoas que vivem da conveniência, acomodam-se facilmente às situações, desde que assim melhor consigam atingir um fim. Seus interesses são perfeitamente consentâneos com o ensejo, independentes da necessidade de ajustamento ao seu pensamento ou conceito moral. Não importam os meios, o que vale é a meta a ser alcançada. Para conseguirem suas metas os oportunistas não se envergonham em fazer uso da boa vontade, da ingenuidade ou da fragilidade emocional de outros.

Os oportunistas agem quase sempre com deslealdade, falsidade, dissimulação. E nunca se sentem culpados por serem aproveitadores de momentos. Possuem um aguçado senso de sagacidade e esperteza, o que lhes dá a consciência de saberem o instante certo de dar o golpe. Eles manipulam as pessoas, principalmente aquelas que estão carentes de apoio, que estão passando por dificuldades, que vivem em busca de algo em que sintam a esperança de solução dos seus problemas.

São lobos vestidos de ovelhas. Estão sempre à espreita, esperando a chance de obterem sucesso diante do êxito ou fracasso de outras pessoas. Em seus corações não germinam sentimentos de amor e respeito ao próximo. O lamentável é que só conseguimos identificá-los depois que nos tornamos vítimas de suas armadilhas.

Sempre bom refletirmos sobre isso. Os oportunistas vivem da sedução, da mentira, do fingimento. Devemos estar muito atentos para não cairmos na lábia dos que querem ganhar nossa simpatia para conquistar suas vitórias.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.