Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A preocupação


19/02/2016

Foto: autor desconhecido.

 


Há uma frase do jornalista Franklin Martins que acho bastante interessante: “a preocupação é apenas um desperdício de imaginação”. Nada mais verdadeiro. Quando estamos abalados emocionalmente por algo que nos preocupa, perdemos a capacidade de raciocinar, ficamos desorientados. As soluções para aquilo que nos aflige só surgem quando estamos calmos, com a mente desocupada de perturbações.


As preocupações atingem nosso senso de humor, induzem à tristeza, ao pânico e à desarmonia interior. Os problemas se potencializam na conformidade das nossas preocupações. Elas nos fazem desperdiçar vitalidade e imaginação criativa. Porque ficamos dominados pela angústia, afetados por uma sensação de isolamento, sentimo-nos abandonados à própria sorte. Enxergamos dificuldades onde não existem, construímos barreiras aparentemente intransponíveis, sofremos por antecipação.


Muitas das vezes quando estamos preocupados com o futuro, deixamos de perceber o valor das coisas que vivemos no presente. O problema é que o ser humano nunca está satisfeito, sempre está querendo algo mais, e isso termina gerando preocupações ao esbarrar em dificuldades para essas conquistas. Nunca devemos ter medo de enfrentar as verdades, mesmo que elas não nos sejam agradáveis. Esse medo gera preocupações.


É importante nos afastarmos da preocupação em querer provar algo a nós mesmos ou aos outros. Assim nos distanciamos da inveja, da discórdia, da ambição desmedida, elementos promotores das preocupações. Se conseguirmos fazer isso, estaremos evitando que nosso sistema nervoso entre em pane por causa de preocupações.


* Integra a série de textos “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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