Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

A falácia


02/02/2016

Foto: autor desconhecido.

 

Temos dificuldade em distinguir quando uma informação,  discurso ou enunciado caracteriza-se pela falácia. Essa marca do engano induzido se faz presente nas mensagens de teor político, em notícias divulgadas na mídia ou em peças publicitárias. Todas em razão da necessidade de persuadir, convencer, conquistar pessoas ou grupos.

São formatados inteligentemente, no entanto fundamentados em argumentos quase sempre inconsistentes ou falsos, mas capazes de conduzir a conclusões erradas. Em geral fogem do respeito à lógica honesta, manipulam evidências, nascem de raciocínios fraudulentos. Têm aparência de corretos, mas não são.

Evitar cair nessas armadilhas discursivas é importante para que não nos vejamos em situações desagradáveis de ludibrio ou farsa. É recomendável não acreditar, num primeiro momento, em tudo o que se lê ou ouve. A intenção de iludir os incautos em plena consciência, na apresentação de argumentos presumivelmente verdadeiros, é a prática do sofisma, uma espécie de falácia. Estratégia desleal dos que não sabem combater o bom combate.

Existem pessoas extremamente habilidosas, no uso de alegações falaciosas, na busca do alcance dos seus objetivos. São indivíduos inescrupulosos que não se envergonham em utilizar de mentiras para se parecerem convincentes. Sabem escolher as vítimas dos seus ardis verbais. Essas figuras possuem grande poder de convencimento, fazem da retórica uma arma de sedução, apresentam-se como pessoas de boa índole. O mais prudente é aceitar o aconselhamento de que se deva dar atenção cuidadosa à informação recebida, antes de considerá-la plausível. É preciso cautela na observação de acusações levianas e irresponsáveis, pautadas na mentira e na intenção de prejudicar alguém ou vencer uma luta na base da falácia.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.
 


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