Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

Biu Amorim, um amigo irmão


23/10/2015

Foto: autor desconhecido.

 

Nessa viagem pelo tempo em que procuro resgatar a memória dos acontecimentos que vivi e outros que testemunhei, não há como deixar de oferecer importância ao período em que tive a felicidade de vivenciar momentos de congraçamento e companheirismo com os colegas do PARAIBAN na nossa querida AABE – Associação Atlética Banco do Estado.

Éramos uma só família. Naquele paradisíaco local, na praia Ponta de Campina, desfrutávamos dos prazeres da vida de uma forma saudável, compartilhando fins de semana que nos ofereciam oportunidades de fraterna convivência com os colegas de trabalho e seus familiares, a prática de esportes conforme as nossas preferências (futebol de campo ou de salão}, noitadas festivas na boate, a cervejinha gelada a beira mar, o banho numa das mais belas praias do Nordeste. Difícil falar nisso sem que se sinta nostálgico, numa saudade que chega a doer.

Na AABE pude construir amizades que se consolidaram no tempo, mesmo quando já não estávamos mais usufruindo juntos aqueles agradáveis instantes de camaradagem. Entre esses amigos conquistados na época da nossa querida associação, destaco um personagem que se fez muito caro na minha vida: Severino Batista de Amorim (Biu Amorim). Fomos parceiros na responsabilidade de administrar a ABBE, ele me sucedeu na presidência do clube em 1979.

Firmamos um vínculo que perdurou enquanto Deus permitiu. A vontade divina fez com que ele fosse chamado à Sua presença antes de mim. Mas deixou uma forte lembrança, que me faz sentir a sua companhia, mesmo na sua ausência física. Seu jeito alegre de viver a vida, mas sempre com muita responsabilidade, fica na minha consciência como exemplo de como deva ser o comportamento de uma pessoa do bem. A solidariedade era uma das características de sua personalidade, chegava infalivelmente na hora em que um amigo precisava do seu apoio, da sua ajuda, da sua manifestação de apreço. Era o que costumamos classificar de um “espírito de luz”. Com certeza em outro plano está recebendo os benefícios de sua positiva passagem pela existência terrena.

Amanheci hoje lembrando dele. Se me perguntarem porque, não saberei responder. Mas bateu aquela saudade, aquele desejo de poder chamá-lo para um batepapo, convidá-lo para juntos irmos ver um jogo do Flamengo pela tv, nosso time de coração. Queria muito estar agora com ele provocando as recordações de tudo o que conseguimos vivenciar lado a lado.

Impossibilitado disso, resta-me reverenciar sua memória, prestar-lhe minhas homenagens e agradecer a Deus por ter colocado nos caminhos da minha vida, alguém com quem me afinei tanto, revelando-se um daqueles amigos a quem consideramos um irmão. Um dia voltaremos a nos encontrar Biu.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.


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